O governo do Rio Grande do Sul convocará 530 aprovados no concurso da Brigada Militar. O chamamento foi autorizado nesta quarta-feira (17) pelo governador em exercício, José Paulo Cairoli, com objetivo de ampliar a segurança pública do estado, poucos dias após a divulgação de uma pesquisa que apontou alta de 34,8% em ocorrências de latrocínio, roubo seguido de assassinato.
Serão 424 servidores destinados ao policiamento e outros 106 ao Corpo de Bombeiros. O Piratini planeja também convocar aprovados em uma seleção da Polícia Civil e promover de novos concursos para a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e o Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Segundo o governo estadual, o expediente encaminhado à BM no fim da tarde é parte do Plano Estadual de Segurança Pública, anunciado em junho pelo governador José Ivo Sartori. “O estado está garantindo o encaminhamento do Plano de Segurança Pública anunciado pelo governador Sartori, e esse esforço precisa ser permanente”, disse Cairoli após a assinatura do ato, no Palácio Piratini.
Segundo o governo estadual, os novos servidores vão compor a primeira etapa anunciada no plano, com encaminhamento para o curso de formação já a partir deste mês. Além da autorização, o Piratini prorrogou por mais dois anos o prazo de validade dos concursos da Brigada Militar para soldado de primeira classe.
Relatório aponta aumento de sete crimes
O anúncio ocorreu nove dias após a divulgação de um balanço da criminalidade no Rio Grande do Sul pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Segundo o relatório, houve um aumento em oito tipos de crime, no primeiro semestre de 2016 em comparação a 2015.
Entre eles está o latrocínio (roubo seguido de morte), que cresceu 34,8%. De 66 contra 89 ocorrências nos primeiros seis meses do ano. Somente em Porto Alegre foram registrados 23 latrocínios de janeiro a junho.
Também tiveram aumento os seguintes crimes: roubo (19,5%), roubo de veículos (16,3%), homicídio doloso (6%), furto de veículos (2,1%), extorsão mediante sequestro, corrupção (0,51%), e delitos relacionados a armas e munições (2,5%). No total, índices de 14 crimes são acompanhados.
Já os crimes que registraram queda nos índices em comparação com os primeiros seis meses do ano foram homicídio doloso de trânsito (35,2%), furto (2,5%), extorsão (2,4%), estelionato (11,9%), entorpecentes – posse (18,3%), e entorpecentes – tráfico (5,9%).