O prefeito de São Valentim, Cleomar Scandolara (PMDB), foi denunciado ao Ministério Público Eleitoral e está sendo investigado pela Justiça por suposta captação de votos com gasto ilícito de Recursos Financeiros na Campanha Eleitoral. O Ministério Público está pedindo a cassação do Diploma e do Registro e pedindo a Declaração de Inelegibilidade do prefeito que foi reeleito pela Coligação Unindo Forças Para Crescer (PMDB, PSB, PPS e PTB), com mais de 53% dos votos. A audiência na Justiça vai ser nesta sexta-feira (16), quando o Juiz Eduardo Gabriel vai ouvir o prefeito e cerca de 30 testemunhas. Entre outras supostas irregularidades, o material impresso de campanha da coligação do prefeito foi confeccionado na mesma gráfica de Frederico Westphalen contratada por carta convite pela prefeitura para fornecer pastas de arquivo, formulários, envelopes, entre outros.
As supostas irregularidades de campanha foram levadas ao Ministério Público pelo advogado Grécio Cavalcanti, da Coligação União, Coragem e Atitude Para Mudar São Valentim (PP / PDT / PT / PSDB / PT do B). O Ministério Publico teria feito uma busca na prefeitura e não localizado a quantidade do material contratado em uma gráfica de Frederico Westphalen. Por coincidência, comenta o advogado, o material impresso de campanha da coligação do prefeito também foi feito na mesma gráfica. A Justiça também faz levantamento para descobrir se moradores de Benjamim Constante do Sul votaram em São Valentim e apura denuncias de que a prefeitura teria pago cirurgias de correção estética, diz o advogado Grécio Cavalcanti.
O Ministério Público está apurando outra suposta irregularidade da administração pública de São Valentim, que também teria sido verificada no período eleitoral. A prefeitura não teria emitido cobrança da Taxa de Contribuição de Melhorias de moradores de uma rua pavimentada com asfalto financiado pelo Badesul. Segundo o advogado, ação parecida com a movida contra o prefeito Cleomar Scandolara vai ser representada pelo Ministério Público também contra os vereadores eleitos pela coligação por suspeita de terem se beneficiado dos impressos de campanha. O promotor de Justiça Adriano Luis de Araújo não pode ser ouvido nesta quinta-feira por conta da agenda. O AU procurou e não localizou o advogado de defesa do prefeito de São Valentim.