O Ministério Publico apresentou denúncia contra 41 pessoas envolvidas na fraude de leite e derivados investigada pela 12ª etapa da Operação Leite Compensado. Elas foram denunciadas por 19 fatos, que expressam a adição de água e soda cáustica, entre outros, para adulterar a acidez no leite cru, leite UHT Integral, creme de leite e leite para a fabricação de queijo. A Leite Compensado 12 foi desencadeada em 14 de março no Norte gaúcho e no Vale do Taquari.
Cinco pessoas estão presas preventivamente desde o dia 14 deste mês. Claudionor Mognon e Henrique Alessi Pasini, funcionários da Laticínios Modena (nome fantasia Bonilé), Eduardo Grave, proprietário da Indústria de Laticínios Rancho Belo, o transportador Evandro Luis Kafer e Flávio Mezzomo, sócio oculto da Laticínios C&P – Princesul.
A denúncia é assinada pelo promotor de Justiça Especializada Criminal Mauro Rockenbach, que coordenou a Operação, em conjunto com o promotor de Justiça de Defesa do Consumidor Alcindo Luz Bastos da Silva Filho. Ambos são coordenadores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Núcleo Segurança Alimentar.
A Bonilé informou à reportagem que não tem ciência do assunto. A assessoria jurídica da Princesul está tomando conhecimento do teor da denúncia e entrará em contato com a reportagem quando tiver uma posição sobre o assunto. O diretor da Cotrisona, Celso Prando afirmou que a empresa não tem problema de adulteração no leite e que eles são vítimas da situação.
A defesa de Flavio Mezzomo informa que não tem conhecimento do teor da denúncia e irá demonstrar, nos autos do processo, a inexistência dos delitos imputados. Os advogados de Evandro Kafer dizem que até a presente data não tiveram acesso a todas as provas dos autos, tampouco oportunidade de apresentar resposta a acusação.
As defesas de Claudionor Mognon e Eduardo Grave não retornaram os telefonemas até o fechamento matéria, e a de Henrique Alessi Pasini não foi encontrada.