Um risco brilhante cruzou o céu na madrugada desta quinta-feira (9). A Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), de Taquara, registrou o primeiro meteoro fireball de 2020. Com magnitude de -4, o fenômeno foi visto a 96,4 quilômetros de altitude e caiu no oceano, a uma distância de 495 quilômetros, a sudeste do município. O corpo celeste entrou na Terra com velocidade de 33,8 quilômetros por segundo.
O forte feixe de luz emitido pelo meteoro se deve à sua magnitude, de -4. Quanto mais negativo é o número, maior é a luminosidade provocada, por fatores como o tamanho do corpo celeste, a velocidade e o ângulo de entrada na atmosfera. Meteoros de magnitude a partir de -4 passam a ser considerados “bolas de fogo”, ou fireballs, em inglês.
Segundo Carlos Jung, diretor científico do Bramon, meteoros desta magnitude são mais raros:
— Não é algo que a gente registra todos os dias. Em 2019, por exemplo, foram cinco fireballs, entre mais de 10 mil meteoros que eu registrei, e foi um ano atípico, pois geralmente são dois ou três por ano — relata.
Ao contrário de outros fenômenos, como os eclipses, ainda não é possível prever quando um meteoro passará perto da Terra — somente asteroides, que são meteoros de maior magnitude. Jung afirma que há estudos que buscam criar um sistema de detecção mais avançado, que permita tempo hábil para, por exemplo, emitir comunicados sobre a aproximação dos corpos celestes. A elaboração de um modelo com essa finalidade seria importante para evitar, por exemplo, que meteoros caiam em locais com concentração de pessoas.