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Umidade no solo interrompe plantio das culturas de inverno

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A semana foi caracterizada por dias chuvosos e elevada umidade do solo, impedindo a continuidade da implantação das culturas de inverno no Rio Grande do Sul, como canola, trigo e aveia branca. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (16), as lavouras de canola semeadas mais no cedo nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial apresentam boa emergência, apesar de danos em algumas áreas causados pelas fortes chuvas da semana anterior. Já nas regiões Fronteira Noroeste e Missões, o plantio da canola foi realizado em 22% da área prevista, que é de 12 mil hectares. A forte chuva de sexta-feira provocou erosão de solo nas lavouras recém-semeadas, com possível necessidade de replantio.

Também deve haver replantio de áreas semeadas com aveia branca, em especial nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, onde os produtores relatam severo ataque de lagarta nas lavouras em início de desenvolvimento vegetativo, havendo dificuldade no controle, o que provoca prejuízo no stand das lavouras. As lavouras já semeadas apresentam boa germinação e desenvolvimento inicial.

No trigo, a umidade impediu o início do plantio nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, que só acontecerá se o tempo firmar e a umidade do solo permitir. Por enquanto, os produtores seguem a busca de crédito para custeio das lavouras junto aos agentes financeiros, com encaminhamento de documentos (atualização da Declaração de Aptidão ao Pronaf – DAP) e a coleta das amostras de solo para análise. Recursos de custeio para compra de insumos para as lavouras de trigo foram liberados para alguns produtores.

Para a cevada, os produtores encaminham propostas de financiamento. Há expectativa de aumento de área de cevada em resposta à diminuição de área de trigo em função dos preços no Alto Uruguai.

Culturas de verão
A colheita do milho foi interrompida em muitas áreas de produção em decorrência das precipitações que impediram a evolução normal da atividade. A área restante a ser colhida é de 7%, se restringe basicamente às áreas implantadas no segundo plantio no Estado.

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, as lavouras do milho de primeiro plantio já foram colhidas, inclusive superando as expectativas, com produtividade média de cerca de 8 ton/ha. Com o clima chuvoso dos últimos períodos, foi interrompida a colheita de silagem do milho safrinha. Em função dessa situação, o excesso de umidade favorece o desenvolvimento de doenças, como ferrugem e pinta branca.

A colheita da soja deverá encerrar nesta semana, pois resta somente 1% da área inicialmente estimada de 5.803.588 hectares para o Estado. Nas regiões da Produção e Nordeste do RS, a colheita já está encerrada, com produtividade média na faixa de 3,8 toneladas por hectare. Nas áreas do Alto da Serra do Botucaraí resta apenas lavouras tardias implantadas em restevas de fumo e milho silagem. Em algumas áreas já colhidas, se realiza o manejo do solo no outono-inverno com a implantação de plantas de cobertura (nabo forrageiro e aveia). Porém, em muitas delas, a forma de manejo é o pousio temporário, com o crescimento de ervas espontâneas.

No arroz, restando apenas áreas pontuais (1%) a serem colhidas. A produtividade estimada ainda se encontra em torno de 8 ton/ha. Já no feijão 2ª safra, o segundo plantio atingiu 55% de colheita das áreas implantadas no Estado, com 26% já maduro, 18% em enchimento de grãos e 1% em floração.

Pastagens e criações
De maneira geral, o clima tem colaborado com o desenvolvimento das pastagens da pecuária de corte. A manutenção da umidade no solo favorece o crescimento dos pastos nativos, retardando o crestamento dos mesmos, e sendo favorável também às condições para implantação, germinação e crescimento das pastagens de inverno. Para melhorar as condições nutricionais dos campos nativos, que começam a ficar fibrosos, os produtores utilizam sal mineral proteinado na dieta dos animais, a fim de melhorar a digestibilidade dos alimentos. Pecuaristas das regiões Sul, Campanha, Fronteira Oeste e Central costumam utilizar as restevas da cultura do arroz para manutenção dos rebanhos, até a entrada do frio e das geadas.

Os produtores começam a colocar os rebanhos em pastoreio nas pastagens de inverno implantadas a partir de março que tiveram boa germinação, bom aporte hídrico no período e nas quais foram realizados os tratos culturais adequados. Os animais pastoreiam de forma rotacionada nos potreiros ou nas pastagens por algumas horas do dia, de preferência em horários ensolarados, procurando estabelecer uma lotação adequada que evite o pisoteio e a destruição das pastagens.

Outra alternativa de pastoreio é a integração lavoura-pecuária, semeada com um consórcio de aveia, azevém e cornichão, que começa a possibilitar o pastoreio. As pastagens de trevos e cornichão oriundas do banco de sementes do solo apresentam reduzida taxa de crescimento até o momento.

Quanto às pastagens do rebanho leiteiro, o quadro ainda é de vazio forrageiro, com as culturas de verão em final de ciclo, as pastagens cultivadas em fase de desenvolvimento inicial e poucas parcelas em condições de pastejo. A maioria dos produtores finalizou o plantio de aveia e azevém em lavouras exclusivas para pastagens de inverno ou sobressemeou o campo nativo. Em função da umidade adequada e de temperaturas de amenas a altas, o campo nativo oferta pastagens com certa quantidade, porém de qualidade inferior em decorrência de muita matéria fibrosa.

Piscicultura – As características da estação, de frio, baixa luminosidade e muita umidade, implicam em cuidados e manejo adequado dos piscicultores para a sobrevivência dos peixes. O estado corporal dos peixes e a qualidade da água são vitais para sua sobrevivência nos períodos de baixas temperaturas. Encerradas as reservas de alevinos e o repovoamento dos tanques.

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