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Desenvolvimento saudável da criança é influenciado por fatores externos

Durante os três primeiros anos, o desenvolvimento infantil acontece com grande intensidade, sendo fortemente impactados por fatores externos, tais como cuidados e hábitos saudáveis. Quando o físico e o psicológico são estimulados desde os primeiros meses, capacidade de aprendizagem e controle emocional são amplamente favorecidos quando adultos.

O começo da vida é marcado por transições, transformações e descobertas. Pouco a pouco a identidade é formada, compreendendo que é um indivíduo, não extensão do corpo da mãe. Assim, a percepção para o universo que o cerca passa a ser segundo a compreensão de si e do outro, apesar de sofrer grande influencia da visão dos pais. Por isso, brincadeiras que exijam criatividade e utilização dos cinco sentidos, além de leituras, são incentivadas para aprimorar esse processo.

“Ao nascer o bebê apresenta uma coleção de reflexos involuntários e adaptativos primitivos, os quais auxiliam o bebê a sobreviver; o da sucção, preensão e marcha, por exemplo. As respostas aos estímulos evoluem de generalizados para ações voluntárias, definidas pelo córtex. Deixam de ter apenas reações simétricas e passam a agir de acordo com seu meio ambiente. Logo, transmissão da linguagem por meio de conversas e toques é fundamental na constituição do seu psiquismo”, informa o pediatra José Gabel, Secretário de Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

O médico explica que o desenvolvimento ocorre da cabeça para os pés – o movimento dos braços obedece ao controle cerebral e a orientação visual antes dos das pernas. Por isso uma das primeiras brincadeiras é, em geral, de colocar a mão na boca. Sono e alimentação também sofrem alterações com o passar do tempo. Gradativamente seus ritmos se estabelecem, diferenciando o dia e a noite, bem como tolerando a distância entre as mamadas.

“O descompasso da criança à linha do tempo que nós, pediatras, usamos para medir o grau de crescimento não quer dizer que há problemas. Porém é importante que seja periodicamente avaliada pelo pediatra, que é o profissional capaz de perceber irregularidades”, destaca Gabel.

A importância do pediatra
Pediatra, é um profissional catalisador, cujo papel é o de integrar a família e prevenir e tratar eventuais problemas. Em decorrência do comprovado aumento da longevidade, o pediatra assume a responsabilidade de cuidar na infância para garantir uma velhice saudável e com qualidade de vida. “É preciso habilidade e sensibilidade para trabalhar com o binômio criança e família e ter uma proximidade em seu convívio, principalmente nos primeiros dois anos de vida. Tratamos do núcleo como um todo e, em muitos casos, somos médicos, consultores e amigos de gerações”, diz o dr. José.

Com pacientes ‘frágeis’ ou aqueles que requerem atenção especial dos médicos, no início, a ida mais frequente ao consultório pode ser necessária para realizar observações mais demoradas para identificar possíveis alterações quanto ao seu desenvolvimento e que devem ser valorizadas e pesquisadas se necessário. As famílias devem estar alerta para sinais e sintomas como: dificuldade em interagir com outras pessoas, movimentos estereotipados, pouco contato visual e irritabilidade.

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