Uma cerimônia em Barra do Ribeiro marca a abertura oficial da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (1º). A expectativa da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado é imunizar cerca de 13,6 milhões de cabeças de gado neste ano.
De acordo com o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária, Antônio Ferreira Neto, o governo estadual não fornecerá a vacina para os pequenos produtores, ao contrário do que vinha sendo feito nos últimos anos. No ano passado, a segunda etapa da vacinação já não foi custeada. “Em 2017, o investimento do Estado será na divulgação, conscientização e fiscalização”, afirma.
De acordo com o secretário Ernani Polo, titular da pasta, mais importante do que subsidiar a vacina é a conscientização do produtor. “Estamos caminhando na direção de sermos livres de aftosa sem depender da vacinação”, ressalta, explicando que a decisão, porém, não é política e, sim, técnica. “A retirada da vacina colocará o Rio Grande do Sul em outro patamar de status sanitário. E isso é positivo, abre mercados, possibilita novos negócios”, avalia Polo.
Ao todo, 330 mil propriedades rurais devem participar da campanha no território gaúcho. “A orientação é de que todo o rebanho, bovino ou bufalino, seja vacinado até o final do mês, indiferente da idade do animal”, frisa Neto.
Foco
O último foco de febre aftosa no Rio Grande do Sul foi em 2001. “Estamos há 16 anos sem a doença e isso é resultado da participação do produtor”, avalia o diretor. Hoje, o índice de vacinação chega a 97% da meta traçada pela secretaria.
