As dores na região dos quadris vêm se tornando cada vez mais frequentes e podem tornar-se incapacitantes, o que justifica a importância do diagnóstico preciso para iniciar, imediatamente, o tratamento adequado. O alerta é do médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann ao destacar a importância de procurar um médico ao sentir qualquer sintoma.
Segundo Reichmann, o diagnóstico é feito por exame clínico que avalia os movimentos das articulações, as dores e a qualidade da caminhada. Em seguida, é feita avaliação e exame de densitometria óssea.
Entre os problemas mais frequentes estão a bursite trocantérica, que consiste no resultado da inflamação da bolsa (bursa) existente ao lado da parte superior e lateral do fêmur, e decorre do atrito de um tecido fibroso da coxa sobre o osso; as tendinopatias – inflamação dos tendões em torno do quadril; e a osteonecrose que ocorre quando o aporte sanguíneo para o fêmur é interrompido, provocando a morte de células ósseas, colapso do osso, deformação e perda de movimentos.
Outras situações comuns são o ressalto no quadril – caracterizado por uma dor (sensação de queimação) na região lateral (externa) da pelve, causada na maioria das vezes, pela fraqueza do músculo do glúteo; e fraturas que acontecem com maior frequencia em pessoas idosas e ocorrem geralmente no colo do fêmur. “Essas fraturas são mais comuns em mulheres acima de 65 anos e, normalmente, são causadas por queda. A osteoporose aumenta significativamente o risco de fraturas nos idosos, geralmente na bacia ou no fêmur”, ressalta Reichmann.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Osteoporose, o homem tem fisiologicamente 30% a mais de massa óssea que a mulher, o que faz com que os riscos sejam maiores na população feminina. Segundo o médico, muitos problemas de coluna também podem causar dores na região do quadril, como por exemplo, as hérnias de disco e a compressão do nervo isquiático (ciático).
Responsáveis por conectar as pernas ao tronco, os quadris sustentam todo o corpo e são capazes de realizar grande amplitude de movimento. “Para evitar dores e doenças nessa região, a recomendação é praticar exercícios com regularidade. O equilíbrio muscular protege a articulação e contribui para melhorar a estabilidade e o seu funcionamento”, afirma Reichmann.
Com os exercícios, a articulação fica mais estável, sobrecarregam-se menos os ligamentos e a cartilagem, poupando essa estrutura. No entanto, para quem já sente muita dor, a fisioterapia é a estratégia mais indicada, pois fará que essa articulação ganhe força e mobilidade.