15.1 C
Aratiba
segunda-feira, 25/novembro
Player de Áudio Responsivo
InícioAlto UruguaiUHE Itá faz soltura de peixes no lago

UHE Itá faz soltura de peixes no lago

Foram soltos cerca de 900 peixes em idades adulto e juvenil das espécies Piracanjuba, Piavas e Grumatã.

A soltura foi realizada na tarde de terça-feira, 16, no município de Marcelino Ramos (RS), na área pertencente ao reservatório da Usina hidrelétrica Itá. Os peixes criados em cativeiro pelo Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce (LAPAD) da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, são da primeira geração de matrizes coletadas no lago da Usina e reproduzidos pelo laboratório. O objetivo da soltura é o repovoamento de espécies nativas.

Participaram da atividade representantes do IEE Marcelino Ramos e da EMEF Rui Barbosa, pescadores, representantes da prefeitura de Marcelino Ramos, da Engie Brasil Energia, da Brigada Militar Ambiental (Patran), do hotel Termas Marcelino, do Balneário, do IMA – Instituto do Meio Ambiente de SC, dos Parques Fritz Plaumann e Teixeira Soares, equipe do Centro de Divulgação Ambiental (CDA) e a gerência do Consórcio Itá, através do Sr. Reginaldo de Oliveira. Ações como esta acontecem anualmente, desde a implantação da UHE Itá no ano 2000 e fazem parte do Programa de Monitoramento da Ictiofauna.

De acordo com o analista de meio ambiente da Engie, Sérgio Luiz de Souza, a escolha das espécies e a consequente soltura dos peixes é fruto de uma pesquisa do LAPAD que estuda a dinâmica das populações destas espécies no lago. “As solturas experimentais permitem que se estude as espécies nativas e seu comportamento no trecho. É possível observar seus hábitos alimentares, migração e reprodução, desta forma visando contribuir com a pesquisa e consequentemente promover a manutenção das espécies neste hábitat”, destaca.

Nesta soltura foram disponibilizados 900 exemplares de peixes, sendo 80 Piracanjubas em início da idade adulta, os demais juvenis das espécies Piavas e Grumatã, medindo acima de 7 cm. Para o engenheiro de aquicultura do LAPAD, Luciano Augusto Weiss, responsável pela parte da reprodução e manutenção dos peixes em laboratório, estes peixes soltos no Rio Uruguai estarão daqui um ano aptos para a pesca. “Contamos com a coerência dos pescadores para que respeitem a diretriz de pesca de exemplares acima de 1 kg, evitando a pesca de exemplares ovados, pois assim temos perdas reprodutivas”, explica.

Weiss alerta e pede o bom senso dos pescadores. “Ao contrário de outras solturas, os atuais peixes soltos não têm marcação química, mudamos a estratégia. Anteriormente pedíamos para o pescador devolver a cabeça ou até escama, agora vamos monitorar através de pescadores parceiros do projeto, que quantificam e identificam o pescado e nos repassam estes dados. Através desta ação poderemos verificar se o estoque pesqueiro aumentou”, explica.

Novas solturas devem acontecer apenas em 2020, pois é preciso, mesmo em laboratório, respeitar o ciclo biológico, ou seja, o período reprodutivo das espécies que acontece no final primavera e/ou início do verão. Os trabalhos continuam no Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce na capital catarinense e a expectativa para o próximo ano é soltar novos peixes na região com qualidade e diversidade genética.

SourceAssecom
QUEM VIU ESTA NOTÍCIA, TAMBÉM LEU:
- Publicidade -

ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES

Recent Comments