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segunda-feira, 25/novembro
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Reumatismo

Tradicionalmente, reumatismo é considerado uma doença das articulações, músculos, ligamentos e tendões, de caráter não traumático, que acomete pessoas mais velhas.

Na verdade, a palavra reumatismo serve para designar inúmeras enfermidades, mais de 200. Provavelmente, as mais conhecidas são a artrite reumatoide e a artrose, que afetam cartilagens e articulações e provocam dor, deformação e limitação de movimentos. No entanto, as doenças reumáticas acometem não só as articulações e cartilagens, mas também órgãos internos, como coração e rins e, para a grande maioria delas, existem fundamentos imunológicos bem definidos.

Descritos por Hipócrates, séculos antes de Cristo, os diversos tipos de reumatismo podem manifestar-se em pessoas de qualquer idade: crianças, jovens, adultos e idosos. Foi só nos últimos anos, entretanto, que surgiram drogas capazes de revolucionar o tratamento clássico da doença feito até então apenas com anti-inflamatórios.

Sintomas
Na maioria das vezes, as doenças reumáticas apresentam sintomas claros e podem ser percebidos pelo próprio paciente. Alguns desses sinais são:

– Dores nas articulações, principalmente por mais de seis semanas.

– Vermelhidão, calor e inchaço nas articulações.

– Dificuldade para movimentar as articulações ao acordar.

– Dores ao esticar os braços sobre a cabeça.

– Dores ao elevar os ombros até tocar o pescoço.

Tratamento
Os cuidados prestados aos pacientes com reumatismo variam conforme a doença e seu estágio de evolução. Entre os remédios mais utilizados estão os anti-inflamatórios, a cortisona e os moduladores da inflamação, ou seja, medicamentos que inibem a produção de citocinas – substâncias envolvidas no processo inflamatório. Esses medicamentos impedem que essas substâncias atuem levando à progressão da doença.

Em alguns casos de doenças reumatológicas autoimunes podem ser usados medicamentos imunossupressores, que também fazem parte dos tratamentos contra o câncer, para diminuir o processo inflamatório. No entanto, as dosagens são bem menores, evitando os efeitos colaterais comuns da quimioterapia, como náuseas e queda e cabelo.

As doenças reumatológicas podem ter longa duração, causando ansiedade e depressão em alguns pacientes, e exigir também o tratamento com medicamentos antidepressivos, ansiolíticos e a realização de práticas integrativas, como acupuntura. “Um bom relacionamento com o médico e o suporte da família são essenciais para a definição do melhor tratamento a ser seguido contra o reumatismo”, avalia o dr. Cristiano Zerbini.

Tomar os medicamentos na hora certa, não deixar de realizar exercícios físicos e ter os momentos de repouso recomendados pelo médico podem fazer uma grande diferença no resultado final dos tratamentos.

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