Quem nunca teve medo do escuro, que atire a primeira pedra! O problema é que muitos pais simplesmente esquecem suas fobias passadas, e não sabem muito bem como reagir quando seus filhos apresentam esse tipo de medo, o que acaba influenciando na superação do problema. “A criança é dependente dos adultos que a cercam. Se o responsável começa a dar atenção desnecessária ao problema, isso aumenta o medo e tende a perpetuá-lo”, explica o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros.
Porém, muitas vezes o mau encaminhamento desse medo ocorre até por insegurança dos pais, que temem que a fobia nunca passará completamente. Se por um lado alguns podem encarar o tema com seriedade excessiva, outros podem relaxar demais e até fazer piadas com o terror do filho, o que também não é nada saudável para a criança.
Em geral, a fase dos medos é normal e passageira. Do contrário, é importante para os pais observarem as reais causas por trás dos medos dos pequenos e até buscar ajuda profissional se a fobia persistir. Vale perceber se houve regressão em relação a um medo que estava quase superado, se a criança teve mudanças na rotina, ouvir os professores na escola para saber se a criança está indo bem em sala de aula e se relacionando bem com os colegas e, por fim, é importante os pais observarem a sua própria conduta em casa com a criança. “Existem ocasiões em que o temores dos pais, por exemplo, se refletem nas crianças, como inseguranças no trabalho, que os pais acabam transmitindo aos filhos e eles manifestam de outras formas”, explica a psicóloga Lizandra Arita, da Arita Treinamentos. Na maior parte das situações, a medida certa para gerenciar a fobia dos pequenos depende do contexto, por isso os especialistas ensinam como lidar com cada tipo de medo.