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Metade das regiões do RS fica em bandeira vermelha em mapa do distanciamento controlado

O agravamento da pandemia no Rio Grande do Sul deixou metade das regiões do Estado sob bandeira vermelha nesta sexta-feira (3). O alerta de risco atinge 10 dos 20 territórios e coloca sob restrição mais severa de convívio social 73% da população gaúcha. Pela primeira vez desde a adoção do modelo de distanciamento controlado, não há nenhuma região em bandeira amarela.

Com a piora nos indicadores de contágio, Taquara, Palmeira das Missões, Pelotas, Erechim e Caxias do Sul se somaram às demais regiões que desde a semana passada já frequentavam a zona de maior de risco – Porto Alegre, Passo Fundo, Canoas, Capão da Canoa e Novo Hamburgo. A única melhora registrada foi em Santo Ângelo, que regrediu para bandeira laranja.

Pelo mapa divulgado pelo governo do Estado no início da noite, foi como se as condições sanitárias dividissem o Rio Grande do Sul ao meio. Todo o lado leste está sob bandeira vermelha, enquanto a metade oeste está em bandeira laranja.

O contorno definitivo, contudo, só será formalizado na segunda-feira à tarde, após o julgamento pelo gabinete de crise dos eventuais pedidos de reconsideração.

Caso não haja revisão, Porto Alegre, Canoas, Capão da Canoa, Novo Hamburgo e Passo Fundo passarão as duas próximas semanas com o comércio fechado. Somente se receberem bandeiras mais suaves nas duas medições seguintes, poderá haver flexibilização da atividade econômica a partir de 18 de julho.

Dos 307 municípios atingidos pelas restrições, mais da metade (177) poderá adotar critérios de isolamento condizentes com bandeira laranja por não terem registrado óbito ou hospitalização por covid-19 nas últimas duas semanas. Essa previsão pode tirar de uma quarentena mais rígida 998.869 gaúchos.

O principal indicativo de que a contaminação se espraia com maior velocidade no Estado é o número de internados em leitos de UTI, cujo crescimento foi de 36% na última semana, passando de 307 para 418. Houve ainda aumento de 27% nas hospitalizações por síndromes respiratórias agudas graves (459 para 582). Os casos ativos também estão em progressão, chegando a 4.281, ante os 3340 da semana passada. Em compensação, uma boa notícia foi a abertura de 80 novos leitos de UTI, o que permitiu o aumentos na capacidade ociosa, de 624 para 653.

SourceGZH
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