Em entrevista à rede americana CBS neste domingo (13), o CEO da Pfizer, Albert Bourla, mostrou confiança em, até o final de outubro, ter conclusões sobre a eficácia ou não da potencial vacina contra a Covid-19 produzida pela farmacêutica em parceria com a BioNTech.
A declaração vem dias após o CEO da BioNTech, Ugur Sahin, fazer projeção semelhante em entrevista à CNN. Sahin afirmou que espera ter uma vacina pronta para aprovação regulatória em meados de outubro.
“No melhor cenário, temos uma boa chance, mais de 60%, de saber se o produto funciona ou não até o final de outubro”, disse Bourla. “Mas é claro, isso não significa que funcione. Isso significa que saberemos se funciona”.
Quando questionado se as pessoas teriam que esperar até 2021 para receber a vacina, Bourla disse que não sabia quanto tempo levaria para os reguladores aprovarem o medicamento.
“Temos boas chances de saber se o produto funciona até o final de outubro. Então, é claro, é o trabalho do regulador emitir (uma) licença ou não”, declarou.
O CEO acredita, porém, que a distribuição da vacina será um problema. O transporte de medicamentos é complexo, principalmente quando precisam de condições especiais de armazenamento. Em compensação, ele declarou que “a Pfizer já sabe fazer isso muito bem”.
Segundo Bourla, a Pfizer já começou a fabricar a vacina e centenas de milhares de doses estão prontas.
Maior diversidade em testes
No sábado, a Pfizer anunciou, em conjunto com a parceira alemã BioNTech, a proposta de expandir os ensaios clínicos de Fase 3 de sua vacina para incluir 44.000 participantes e populações de pacientes mais diversas, incluindo pessoas de até 16 anos.
Isso vai além do plano inicial de 30.000 participantes, um ampliação que eles planejam definir na próxima semana, de acordo com um comunicado à imprensa.