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O que se sabe sobre a vacinação contra o coronavírus no Brasil

Após ser criticado por Estados, municípios e profissionais da saúde pela demora ao organizar a vacinação contra a covid-19 no Brasil, o governo federal deu um passo importante ao anunciar, nesta terça-feira (8), que prevê ter 300 milhões de doses de diferentes vacinas até o fim de 2021. A imunização da população deve começar no fim de fevereiro.

Até agora, o governo Jair Bolsonaro firmou acordo com apenas uma farmacêutica, a AstraZeneca, da vacina de Oxford, com 260 milhões de doses, o suficiente para 130 milhões de pessoas — o país tem 209 milhões de habitantes.

Há, ainda, um convênio com a Covax, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para vacinar países em desenvolvimento, que deve trazer 42,9 milhões de doses. O governo poderia ter escolhido receber o suficiente para vacinar 20% da população, mas optou por adquirir para 10%, segundo o UOL. Com isso, o pacote de doses, em tese, garantidas fecha em pouco mais de 300 milhões. Mas o volume pode aumentar.

O contrato com a AstraZeneca ainda estipula transferir tecnologia para o país produzir, no Instituto Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 15 milhões de doses mensais, o suficiente para vacinar 7,5 milhões de brasileiros por mês. No entanto, o estudo, após falhas metodológicas, deve atrasar porque algumas análises precisam ser refeitas.

O Ministério da Saúde ainda está em vias de firmar um terceiro acordo, desta vez diretamente com a Pfizer: o ministro Eduardo Pazuello prometeu que 8,5 milhões de doses, de uma compra de 70 milhões, chegarão ao país no primeiro semestre de 2021.

A vacina da Pfizer exige duas aplicações e, segundo o governo dos Estados Unidos, a partir da primeira já há grande proteção. Pazuello havia praticamente descartado o uso dessa vacina pela dificuldade logística de armazená-la a uma temperatura de -70°C, mas a farmacêutica ofereceu outras soluções — como armazenar em gelo seco por até 15 dias.

O vice-presidente, general Hamilton Mourão, declarou também nesta terça-feira (8) que o Exército participará da logística de distribuição e aplicação das vacinas. Conforme o plano, quartéis deverão montar postos de vacinação.

Outra vacina, a da Janssen (da Johnson & Johnson), é estudada no Brasil, mas ainda não foi citada pelo Ministério da Saúde — os resultados da fase 3 devem sair no início do ano que vem.

Plano Nacional de Imunizações

O esboço do Plano Nacional de Vacinação aponta quatro fases, focadas em imunizar primeiro idosos, profissionais da saúde, da segurança, indígenas, professores, pessoas com doenças crônicas e população privada de liberdade.

O Ministério da Saúde anunciou que o governo não deve vacinar todos os brasileiros, mas Bolsonaro declarou que o governo irá oferecer vacinas a todos “de forma gratuita e não obrigatória”.

Pazuello disse que a estratégia do país será comprar “uma, duas ou três vacinas” — até agora, há acordo com a AstraZeneca e uma intenção com a Pfizer, além do convênio com a OMS. A decisão difere dos rumos tomados pela Europa e pelos Estados Unidos, que firmaram acordos com várias empresas.

SourceG1
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