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Defesa Civil contabiliza 126 municípios gaúchos em situação de emergência pela seca

Ainda que alto, número é cerca de dois terços menor do que no mesmo período de 2022

A Defesa Civil estadual contabilizava, até o início da tarde desta quarta-feira, 126 municípios de todas as regiões gaúchas com decretos ativos de situação de emergência em razão da estiagem persistente. Somente no período de dez dias, ou seja, desde 8 de janeiro até então, 82 novas cidades apresentaram legislações neste sentido. As mais recentes foram Dezesseis de Novembro, que deve encaminhar o decreto amanhã, Estrela Velha e Vila Nova do Sul, que o fizeram na última terça-feira.

Embora considerado alto, o número é de cerca de um terço das 336 cidades registradas no mesmo período de 2022, afirma o subchefe de Proteção e Defesa Civil do órgão, coronel Marcus Vinicius Gonçalves Oliveira. Somadas, as cidades atualmente afetadas no Rio Grande do Sul têm população de cerca de 902 mil pessoas, contra pouco mais de 1,5 milhão na última seca. “Queremos dizer que o efeito e o impacto da estiagem neste período atual são menores do que comparados ao anterior, embora não deixe de ser uma grave situação”, afirma o coronel.

De acordo com ele, a estiagem tem se tornado cíclica no Estado, requerendo cada vez mais ações preventivas. “Estamos passando pelo quinto ano de enfrentamento dela, mas temos atuado. Mesmo durante a pandemia, as secretarias de Agricultura e Obras não pararam nas ações de perfuração de poços artesianos, especialmente para suprir de água estas localidades que carecem de acumulação de água. Também são construídas cisternas para fins de abastecimento humano, animal e para a agricultura”, aponta.

Ainda segundo ele, os efeitos da estiagem se tornam mais visíveis após 60 dias do início do fenômeno. Especialmente neste ano, o mais recente inverno, que foi chuvoso, atuou, de certa forma, para causar esta redução no número de cidades gaúchas afetadas na atual temporada seca. “Hoje, a estiagem tem um efeito de evolução gradual. Outra causa deste número menor é os investimentos estaduais, como por meio do Programa Avançar, com ações preventivas de acumulação de água. Boa parte dos recursos vão para o enfrentamento destes efeitos”, salienta.

Oliveira também diz acreditar que a tendência de menos municípios decretando situação de emergência deve seguir ao longo dos meses de fevereiro e março, com o retorno de chuvas regulares por volta de maio. “As próprias condições climáticas e esta redução dos efeitos da estiagem contribuirão para isto”, aponta o subchefe de Proteção e Defesa Civil, ao reforçar que, mesmo com a situação relativamente favorável à frente, é importante, à população, utilizar racionalmente a água. “O calor no Estado continuará imenso”, comenta.

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