Depois de três anos consecutivos sob efeitos do fenômeno La Niña, a Terra deve enfrentar mais um El Niño, ainda a partir de 2023. No Rio Grande do Sul, um novo El Niño, com base nos anteriores, pode significar mais tempestades com granizo e vento forte durante a primavera deste ano e o verão de 2024.
De acordo com o meteorologista da Climatempo, Vinícius Lucyrio, ao longo dos próximos meses o fenômeno La Niña deve começar a perder força no hemisfério sul. Durante o período do outono, a situação climática deve ser neutra, sem a presença de fenômenos.
Em relação ao El Niño, a intensidade desse fenômeno é uma incógnita. Ainda não é possível confirmar se ele vai ocorrer de fato, mas se acontecer, ele se instalará durante o inverno, a partir do mês de julho. O meteorologista explica que os dois fenômenos tem relação com a temperatura da água do Oceano Pacífico, na altura da linha do Equador. No La Niña o Oceano está mais gelado, tornando as chuvas irregulares. No El Niño, o Oceano fica mais aquecido que o normal, provocando aumento de chuvas e risco de temporais.
O especialista explica que os efeitos dos dois fenômenos são global e podem interferir até mesmo na temperatura da Terra. Lucyrio destaca que a previsão do tempo evoluiu demais ao longo do tempo e atualmente a precisão é de quase 100%. Desse modo, é possível prever e alertar a chegada desses e outros fenômenos climáticos.