A equipe econômica do governo federal avalia incluir incentivos à renovação da frota de caminhões no pacote de medidas para incentivar a produção e baratear os carros populares no Brasil.
O assunto vem sendo tratado pelos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e já foi apresentado ao presidente Lula.
Na quinta-feira (1º), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o programa voltado à indústria automobilística foi redesenhado, com aval do presidente, e deve ser finalizado até segunda-feira (5).
Além da inclusão do incentivo aos caminhões, a área econômica também busca deixar mais claros os critérios para a redução de impostos sobre os carros populares.
Em um aceno à indústria, o governo anunciou na semana passada benefícios fiscais para carros de até R$ 120 mil, com base em três critérios: eficiência energética, preço e conteúdo nacional.
Ideia antiga
A ideia de retirar caminhões com muita rodagem de circulação e dar incentivos para a compra de novos veículos é antiga. No fim do ano passado, o governo de Jair Bolsonaro regulamentou as regras do Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária (Programa Renovar).
O objetivo era estimular, de forma voluntária, a retirada de circulação de caminhões que não atendiam aos parâmetros técnicos de rodagem ou que tinham mais de 30 anos de fabricação.
Na época, o então governo indicou que havia 3,5 milhões de caminhões em circulação no Brasil, sendo 26% com mais de 30 anos de fabricação.