Cinco pessoas que teriam envolvimento no ataque a banco em Criciúma, no sul de Santa Catarina, foram presas no final da tarde desta quarta-feira (2). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal catarinense, as prisões ocorreram nas cidades de São Leopoldo (RS) e Passo de Torres (SC).
O assalto aconteceu na noite de segunda-feira (30), quando a Tesouraria Regional do Banco do Brasil, no centro do município, foi invadida.
As prisões ocorreram graças a integração entre órgãos de segurança de SC e RS — envolvendo policias civil e militar, Instituto-Geral de Perícias (IGP), Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público. Não há mais detalhes sobre as prisões até o momento.
Conforme o chefe de comunicação da PRF em Santa Catarina, Luiz Graziano, há fortes indícios de que os presos têm envolvimento com o crime:
— Essa primeira prisão de suspeitos deve levar a uma solução desse crime.
Na ação, o soldado Jeferson Luiz Esmeraldino, 32 anos, foi baleado. Ele segue internado em um hospital na região, em observação.
— Nós temos o policial militar que está entre a vida e a morte, lutando. Então esse é mais um motivo para a gente se empenhar em prender esses criminosos e mostrar que eles não podem fazer isso em Santa Catarina e em nenhum outro lugar do Brasil — afirmou Graziano.
O ataque
O assalto chamou atenção pela forma como foi executado. O ataque do grupo criminoso se concentrou no Banco do Brasil, mas foram realizados disparos em vários pontos do município, inclusive no Batalhão da Polícia Militar. Os criminosos ainda tentaram incendiar um túnel que dá acesso a Criciúma, na BR-101, para evitar a aproximação da polícia.
Pelas imagens captadas por moradores durante a ação, é possível ver que o grupo utilizava armamentos de grosso calibre, como fuzis 556 e 762. Também foram usados pelo menos 200 quilos de explosivos. Artefatos foram deixados no local, incluindo bombas com acionamento remoto.