Às margens de um mar dourado que se perde na vastidão, encontrando o azul límpido do horizonte, a máquina arranca da terra as plantas carregadas de espigas com o cereal que sustenta a base da alimentação humana e animal. A cena, que mais parece uma obra de arte, marca a abertura oficial da colheita do milho no Rio Grande do Sul, realizada na Granja Busnello, no interior de Paulo Bento.
O evento, que contou com a presença do governador Eduardo Leite, reuniu autoridades locais e regionais, prefeitos e representantes da Amau e Famurs, empresas, instituições financeiras e cooperativas, entidades e órgãos estaduais, imprensa, e claro, produtores de Paulo Bento e de todo Estado. A Rádio Aratiba FM também participou, levando as principais informações do evento através do 107.9 e pelas redes sociais.
Estimativas iniciais divulgadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) apontavam uma produção de 5,3 milhões de toneladas, o que corresponde a 18,3% a mais quando comparado à safra passada, considerando condições normais de clima. Os resultados podem ser alterados até o final da safra, devido à estiagem registrada em alguns municípios gaúchos neste momento. A área plantada nesta safra é de 748.511 hectares (redução de 7,5%).
O consumo de milho no Estado é da ordem de 6,6 milhões de toneladas, apresentando um déficit médio de 1,5 milhão de toneladas por ano, em anos normais sem estiagem. Com as recorrentes estiagens dos últimos quatro anos, este déficit saltou para 3 a 4 milhões de toneladas, tendo em vista que o Estado está entre os 10 maiores produtores do grão do país.
O titular da Seapi ressaltou o Programa de Irrigação do Estado, que está com o edital aberto para receber projetos de irrigação. A iniciativa destina, diretamente ao produtor rural, 20% do valor do projeto, limitado a R$ 100 mil, para a instalação ou ampliação de sistemas.