O Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus da Associação de Municípios do Alto Uruguai, em reunião extraordinária na manhã desta segunda feira (11), avaliou os indicadores para decidir pela adoção ou não, da cogestão, diante da indicação de bandeira vermelha para a R16, por parte do Sistema de Distanciamento Controlado do RS.
Após avaliação criteriosa de vários indicadores da Plataforma Regional de Monitoramento (PRM) e do próprio Sistema de Distanciamento Controlado, os membros do colegiado entenderam que a região pode fazer uso da ferramenta legal, adotando uma bandeira menos restritiva (laranja), para a semana de 12 a 19 de janeiro. “Três indicadores foram fundamentais nessa avaliação. No momento em que aprovamos os Plano Estruturado Regional de Prevenção e Enfrentamento da Epidemia do novo Coronavírus, condicionamos a adoção da gestão compartilhada mediante avaliação de válvulas de segurança como número de casos ativos, taxas de ocupação dos leitos hospitalares e número de óbitos, entre outros”, pontua Jackson Arpini, membro do comitê regional.
No presente momento, segundo os últimos boletins regionais, a R16, que engloba 34 municípios, aproximadamente 240 mil habitantes, apresenta 237 casos ativos e taxas de ocupação de leitos hospitalares em patamares aceitáveis para um período pandêmico, sendo de 34,78% para leitos de UTI, 10,63% para leitos clínicos, segundo dados do último domingo (10). “Durante a reunião também foram realizados paralelos com o Estado e a macrorregião e nossos indicadores se apresentaram melhores, tantos para ocupação de leitos gerais de UTI, leitos clínicos e leitos de UTI específicos para covid-19”, acrescentou Arpini.
Após debate, houve o entendimento de que, nessa semana, pelos dados sistematizados e pela situação em âmbito regional, a R16 pode adotar a cogestão, mediante publicação dos decretos municipais dos entes que assim entenderem, considerando que cada município possui seu Plano Estruturado, com respectivo responsável técnico.
Arpini ressalta que a cogestão é válida somente para a semana, sendo da 00:00 hora do dia 12/01 até as 24h do dia 18/01, e que os decretos municipais são específicos para a semana vigente. “Até a presente data, felizmente, a nossa curva epidemiológica para casos ativos continua descendente, partindo de 1.081 casos ativos, em 27/11, para 237, em 08/01, portanto com números mais promissores. Também verificamos, num comparativo sete dias versus 14 dias, mediante a metodologia adorada pelo Estado, que houve melhoras no indicador óbitos, o que também contribuiu na avaliação a cogestão”, salientou.