A atual situação epidemiológica da pandemia na região de Erechim levou o comitê regional da Amau a optar por não acionar a cogestão nesta semana. Sendo assim, a partir de amanhã passam a valer as medidas impostas pela bandeira vermelha no modelo de distanciamento controlado, que foi atualizado na última sexta-feira, classificando o Alto Uruguai como área de alto risco epidemiológico.
A decisão leva em conta, principalmente, a sobrecarga do sistema de saúde, que vem se confirmando nos últimos dias e chegou, ontem, à ocupação de 80% dos leitos clínicos e superou a marca de 60% dos leitos de UTI voltados à pacientes com a Covid19. O anúncio de que a região não faria a gestão compartilhada nesta semana foi feito nesta segunda-feira pela manhã durante coletiva de imprensa realizada pelo Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus da Amau, da qual participaram representantes dos hospitais, das secretarias municipais de saúde, da coordenadoria regional de saúde e também da classe médica.
Em um tom bastante preocupado, todas as explanações demonstraram o receio pela atual situação, que, se continuar como está, nas palavras do membro do Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus, podem levar a região a um colapso na saúde e direcionar os órgãos a realizar um lockdown. Para além da alta ocupação de leitos, consequência do alto número de casos ativos na região, também foi ressaltada a preocupação quanto aos profissionais de saúde, tendo em vista que já há afastamentos devido a contaminações, e os hospitais já têm encontrado dificuldades na realização de escalas.
Apelo à população
Todas as falas da coletiva convergiram para o mesmo foco: fazer um apelo à população que seja consciente e adote com rigor as medidas de prevenção, que vão desde o uso da máscara, do álcool em gel e a manutenção do Distanciamento Social. Por diversas vezes foi ressaltado que os números alarmantes alcançados regionalmente são reflexo direto da falta de cuidado da população. Atualmente, a faixa etária com maior número de contaminados é de 20 a 29 anos, no entanto, as hospitalizações tem sido de pessoas mais velhas, o que indica que, apesar de não apresentarem sintomas, os mais jovens tem contaminado familiares mais idosos, que, por sua vez, são mais vulneráveis à doença.