A Emater/RS-Ascar está integrada como colaboradora do projeto de Implementação da Politica Intersetorial de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos em execução na Secretaria Estadual de Saúde, através do projeto Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do RS, resultante de convênio com o Ministério da Saúde. No momento, a Instituição está auxiliando no mapeamento dos principais agricultores voltados à produção e agroindustrialização, que integram a base das cadeias produtivas de plantas medicinais e fitoterápicos no Estado. Com este objetivo, na região do Alto Uruguai foram realizadas visitas à Barão Comércio e Indústria de Erva-Mate, em Barão de Cotegipe, e às famílias Viniski e Nespolo, em Erechim, na terça-feira (09/02).
Em Barão de Cotegipe, as visitas para os levantamentos foram realizadas pelo consultor do projeto, Walmir Gambôa Schinoff, e pela equipe da Emater/RS-Ascar, integrada pelos extensionistas Nadia da Rosa, Gleice Longo e Mauro Deboni. O grupo foi recebido pelos diretores Sergio Picolo e Rosangela Picoli Tormen e pela engenheira de alimentos Ana Paula Picolo. A empresa Barão Erva-Mate e Chás atua no mercado há 65 anos, e há oito possui fabricação de chás. Segundo os empresários, hoje são mais de 60 tipos de chás. Todo o processo industrial da erva-mate foi exposto pela engenheira de alimentos Ana Paula, que é filha do diretor Sergio Picolo. Na indústria, foram repassados os procedimentos sobre matéria-prima, cuidados com a erva-marte e com os chás, passando pelos mais diversos estágios da produção. A cidreira (cymbopogon citratus), por exemplo, é uma das plantas usadas no composto da erva-mate e tem 70% da sua produção garantida por agricultores do município e da região. Já para a produção de chás, a grande maioria dos ingredientes são adquiridos em outros Estados, todos naturais e com controle de qualidade. Em Erechim, na propriedade do casal Geraldino e Helena Viniski, na Linha Sete de Setembro, também foi feito o mapeamento da produção. A família cultiva mais de 30 espécies de plantas medicinais, em meio hectare, cuja produção é comercializada, em embalagens, na Feira do Produtor e alguns mercados locais. Nessa propriedade, a Emater/RS-Ascar incentivou a produção de plantas medicinais, aromáticas e condimentares no ano de 2001 e prossegue orientando até hoje. A outra propriedade visitada foi da família Nespolo, localizada na Linha Bairro Peccin. O grupo foi recebido pelo agricultor Nelson Nespolo, sua esposa Delfina e pelo filho Jovani. Na propriedade, é reservado um hectare para o cultivo de plantas medicinais, que também são comercializadas na Feira do Produtor, na forma seca e verde. Nestas duas propriedades, a visita foi acompanhada pela extensionista do escritório municipal de Erechim, Melânia Tesser e pela estagiária Jane Richter. Segundo extensionista Nádia da Rosa, essas oportunidades são importantes para aproximar as experiências e iniciativas em plantas medicinais, bem como a possibilidade de agregar renda às famílias rurais e vão contribuir com o projeto, que tem entre as suas principais metas politicas públicas voltadas à inserção das plantas medicinais e fitoterapia nos cuidados primários em saúde. Também visa capacitação e instrumentação de recursos humanos para a Fitoterapia e a elaboração da relação estadual de plantas medicinais de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o consultor, o projeto APL PM Fito RS, está em consonância com a Politica Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, Politica Nacional de Práticas Integrativas no SUS e com as politicas estaduais e municipais.