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Hospital Santa Terezinha agenda cirurgia de paciente para o final de 2017

Hospital de Erechim atende 80 municípios e realiza 270 cirurgias por mês.

Após machucar o joelho trabalhando em abril, uma motorista do Norte do Rio Grande do Sul teve uma cirurgia marcada para o final de 2017. A data do procedimento foi agendada para daqui dois anos devido à demanda do Hospital Santa Terezinha, em Erechim. A instituição, única pública na cidade, é referência em traumatologia para 80 municípios da região. Por mês, são realizadas 270 cirurgias  no hospital.

Ivete Teresinha Müller teve que largar o emprego e conviver com a dor. No início, a motorista pensou que fosse apenas um mal jeito no joelho, no máximo uma torção. No entanto, os exames médicos apontaram o rompimento de dois meniscos. Ao marcar a cirurgia, veio a surpresa com a data: 29 de novembro de 2017.

“Eu não consigo caminhar direito e a dor é muita, é demais. Como é que eu vou continuar com meu joelho dois anos sem poder fazer nada, sentindo dor? É o pior”, desabava Ivete.

O hospital entende que a cirurgia da Ivete não é urgente, apesar das dores que a impedem de trabalhar e realizar atividades cotidianas. No entanto, ela não é a única. No Santa Terezinha, tem cirurgia marcada para 2018.

“Toda vez que um paciente agravar o seu quadro de saúde ou a cirurgia se tornar urgente, ele tem livre acesso ao pronto socorro do hospital. Será avaliado pela equipe de traumatologia e, se necessário, feita a cirurgia de urgência”, justifica Leonel Lanius, diretor técnico do hospital.

“Eu me sinto a pior pessoa do mundo, eu me sinto inválida, inválida. Eu não consigo fazer nada”, lamenta Ivete.

O secretário de saúde do estado, João Gabbardo dos Reis, entende que é necessária a construção de hospitais regionais para evitar a concentração de pacientes em Erechim. Ele recomenda que o médico de Ivete encaminhe o caso da motorista para o sistema de regulação do estado.
“Se esse hospital de Erechim não tem condições de atendê-la com maior brevidade,  o médico regulador vai receber essas informações e buscar um outro hospital para que possa fazer a cirurgia de forma mais breve”, afirma Gabbardo.

SourceG1 RS
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