A região do Alto Uruguai, a partir de dezembro, passa a contar com mais quatro agroindústrias legalizadas junto ao Programa Estadual de Agroindústrias Familiar (Peaf) e, em consequência, habilitadas a comercializar seus produtos através do Talão do Produtor diretamente ao consumidor.
Receberam os Certificados de Inclusão as agroindústrias Aroma de Mulher, de Aratiba, a Agroindústria da Nice, de Getúlio Vargas, ambas com produção de panificados, e as agroindústrias Vale do Uruguai, voltada à produção de derivados da cana-de açúcar, e a Q’Formaio (queijaria), ambas de Mariano Moro. O Peaf é uma política de Estado, da Secretaria de Agricultura Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), executado pela Emater/RS-Ascar. A agroindústria familiar é uma política pública que visa ao desenvolvimento local, gera empregos, renda e valoriza os municípios.
Das 270 agroindústrias cadastrada no Peaf na região do Alto Uruguai, 126 já estão legalizadas. Estes números representam 7,59% dos empreendimentos cadastrados e 9,36% das agroindústrias incluídas no Peaf. No Estado, a média é de 2,70, enquanto a região do Alto Uruguai conta com 3,94 agroindústrias por município. Esse contraste demonstra a importância desta política pública para a região, bem como a vocação da população local em transformar produtos, e também reflete a atuação da Extensão Rural no incentivo à agroindustrialização das matérias-primas na propriedade rural, compara o extensionista rural, Carlos Angonese.
“Comprar queijo de São Paulo ou de outras regiões é muito diferente economicamente de comprar queijo de um agricultor dos nossos municípios”, avalia Angonese. Na primeira situação, por exemplo, o dinheiro pago irá remunerar funcionários, impostos, produtores de matéria-prima e a indústria de outras regiões. Já quando a comercialização é de produtos locais no local, todos os envolvidos da cadeia produtiva ganham e resulta em geração de renda, emprego e impostos no próprio município.