O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro terá uma forte retração de 3,88% neste ano, segundo a previsão dos economistas do mercado financeiro.
A expectativa, que representa a décima quarta piora seguida deste indicador, foi colhida na semana passada pelo Banco Central e divulgada nesta segunda-feira (25). Mais de 100 instituições financeiras foram ouvidas.
Se a expectativa dos analista se confirmar, a situação da economia brasileira terá piora frente à retração registrada no ano passado, que foi de 3,8%, e o PIB terá o maior “tombo” desde 1990 – quando recuou 4,35% – ou seja, em 26 anos.
Com a previsão de um novo “encolhimento” do PIB neste ano, essa também será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de queda no nível de atividade da economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948.
Para o comportamento do Produto Interno Bruto em 2017, os economistas das instituições financeiras subiram a previsão de alta de 0,20% para 0,30%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Inflação
Para o comportamento da inflação, houve nova melhora na expectativa do mercado financeiro. Para este ano, a estimativa dos economistas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 7,08% para 6,98%. Foi a sétima queda seguida do indicador.
Apesar da queda, a previsão de inflação do mercado para este ano ainda permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5% fixado para este ano.
Para 2017, a estimativa do mercado financeiro para a inflação também melhorou, passando de 5,93% para 5,80%. Com isso, permanece abaixo do teto de 6% – fixado para 2017 – mas ainda longe do objetivo central de 4,5% para o IPCA no período.
O mercado financeiro manteve a estimativa de que a taxa básica de juros da economia brasileira será mantida no atual patamar de 14,25% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana. A decisão será anunciada na noite da próxima quarta-feira (27).
Para o fim deste ano, porém, a estimativa do mercado para a taxa de juros recuou de 13,38% para 13,25% ao ano. Isso quer dizer que o mercado acredita em uma redução mais acentuada nos juros básicos da economia nos próximos meses.
Já para o fechamento de 2017, a estimativa para a taxa de juros baixou de 12,25% para 12% ao ano – o que pressupõe uma queda maior dos juros também no ano que vem.