26.1 C
Aratiba
quinta-feira, 28/novembro
Player de Áudio Responsivo
InícioGeralPiratini vai propor IPVA progressivo e isenção acima de 30 anos

Piratini vai propor IPVA progressivo e isenção acima de 30 anos

A nova proposta de reforma tributária do governo de Eduardo Leite, que suaviza pontos do texto original, deve manter a proposta de aumento de IPVA, mas com alíquotas progressivas conforme a potência do motor do veículo. Assim, o aumento máximo no imposto atingiria apenas os mais potentes. Os automóveis mais leves seguiriam pagando os atuais 3%.

O Palácio Piratini ainda avalia as faixas de corte por potência. Umas das possibilidades é estabelecer a alíquota básica para os veículos com até 80 cavalos e criar alíquotas progressivamente mais altas em outras três faixas: de 80 a cem cavalos, de cem a 120 cavalos e acima de 120 cavalos.

A aplicação da chamada progressividade nas alíquotas é uma das formas de reduzir o impacto dos tributos para as camadas de menor renda. Na prática, significa aplicar percentuais de imposto mais baixos aos bens de menor valor e percentuais mais altos às posses mais elevadas.

Esse formato tradicional de progressividade, ou seja, tributar conforme o valor do bem, é juridicamente controverso no caso do IPVA. O formato chegou a ser cogitado pelo governo, mas foi descartado pela provável disputa jurídica que acarretaria.

A alternativa encontrada pelo Piratini de taxar conforme a potência do motor já é usada, com sucesso, na cobrança de IPVA em outros Estados, como o Ceará. Assim, é considerada um caminho juridicamente seguro para estabelecer alguma progressividade no imposto.

Além de mexer em alíquotas, a nova proposta de reforma tributária também deve amenizar a redução da isenção. Hoje, são isentos os veículos com mais de 20 anos de fabricação. O novo texto prevê que não paguem IPVA os veículos com mais de 30 anos (e não aqueles com mais de 40 anos, como previa o projeto inicial).

O governo também manterá o aumento progressivo de alíquotas do ITCD (imposto sobre a herança), o que já estava previsto na proposta original. Contudo, deve acrescentar a possibilidade de desconto para quem pagar à vista.

As mudanças no IPVA e ITCD visam a reduzir, diretamente, resistências de deputados que são pressionados pelos seus eleitores em relação aos tributos. De outro lado, o governo também deve adequar itens da reforma que são caros a setores empresariais.

A tendência é que a proposta levada ao plenário das Assembleia Legislativa preveja alíquotas menores do que as inicialmente indicadas para parte dos produtos da cesta básica (ovos, leite e arroz) e hortifrutigranjeiros. O governo avalia estabelecer um índice de 12% (e não 17%, como proposto anteriormente). Hoje, esses itens são isentos do ICMS.

O Piratini também está atendendo a pedidos de setores empresariais sobre o Simples Gaúcho. A tendência é que seja dobrada a faixa de atendimento desse regime fiscal em relação à primeira versão da reforma tributária.

O governo espera votar o projeto — com as mudanças — nesta quarta-feira (16), na Assembleia Legislativa. As alterações em relação ao texto original serão feitas por meio de uma grande emenda apresentada pelo líder do governo na Assembleia, Frederico Antunes (PP).

SourceGZH
QUEM VIU ESTA NOTÍCIA, TAMBÉM LEU:
- Publicidade -

ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES

Recent Comments