A Polícia Federal, em parceira com a Brigada Militar, desencadeou, na manhã desta terça-feira (12), uma grande operação para cumprir mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão na Reserva Indígena do Ligeiro, no interior do município de Charrua.
A operação foi coordenada pelo Delegado da Polícia Federal Eduardo Brun e pelo Comandante do 3º Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Passo Fundo, Major Eriberto Branco. Mais 86 policiais militares e 35 policiais federais participaram da ação.
No local existe uma briga interna entre os cerca de 2 mil indígenas, motivada pela doação de um trator por parte da FUNAI. O conflito dura mais de 30 dias e já resultou em tiroteios, tentativas de homicídios, além de 60 residências destruídas por incêndios criminosos.
A ação foi desencadeada em duas etapas. Na primeira, os policiais isolaram o ginásio poliesportivo municipal, onde estão acampados aproximadamente 400 índios que foram expulsos da reserva. Neste local, dois indígenas foram presos preventivamente.
Após, as equipes foram até a reserva, onde todas as casas foram revistadas, porém nenhuma arma foi encontrada. Nesta etapa foi efetuada apenas uma prisão.
Outros índios estão com a prisão preventiva decretada pelo Poder Judiciário, porém conseguiram fugir com a movimentação da polícia. Um dos investigados foi preso em Água Santa e outro recebeu o mandado de prisão no Presídio de Getúlio Vargas, onde já estava recolhido desde a semana passada.
Por solicitação da Polícia Federal, quatro servidores do Ministério Público Federal acompanharam as diligências, considerando que costumeiramente surgem falsas afirmações de abusos do trabalho policial, tática empregada pelos indígenas para tentar macular o trabalho da polícia.
Guarnições do BOE e do POE irão permanecer realizando reforço no policiamento ostensivo daquela região, com objetivo de evitar novos conflitos.
