Os professores da rede pública estadual do Rio Grande do Sul decidiram entrar em greve em assembleia geral realizada na tarde desta sexta-feira (13) no Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre. De acordo com o CPERS/Sindicato, que representa a categoria, a paralisação não tem tempo determinado.
Após a assembleia, os professores saíram em caminhada em direção ao Centro. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), por volta das 16h o trânsito estava trancado na Avenida Padre Cacique.
Os professores pedem um reajuste salarial imediato de 13,01%, referente a 2015, e 11,36%, em relação a 2016. Durante a assembleia, foi elaborado um calendário de implantação do piso nacional do magistério, que segundo o sindicato está defasado em 69,44%.
A assembleia teve início no começo da tarde. Centenas de professores ocuparam as acomodações do ginásio, muitos empunhando bandeiras da entidade. O professor de química Jorge Furtado, de 58, leciona na rede pública há 31 anos. Com um pequeno sino, ele protestava pedindo melhores condições para a classe.
“A partir de junho, não sabemos se haver pagamento de parcelas do 13º. Fiz questão de estar aqui porque a gente não aguenta mais essa coisa de ‘não tem dinheiro’. Os impostos do Rio Grande do Sul são os mais caros do país, e onde está esse dinheiro?”, questiona o docente.