A Secretaria de Estado da Saúde iniciou em Seara nessa semana uma grande ação visando controlar o aparecimento do mosquito Aedes Aegypti, após a confirmação de um paciente contaminado pela febre Chikungunya e outros 12 casos suspeitos sob investigação. De acordo com Felipe Gimenes, biólogo da Regional de Saúde em Concórdia, a situação de Seara já considerada grave.
Segundo foi apurado pela Regional de Saúde, um homem foi a São Paulo e voltou com a doença. Depois disso, a suspeita é de que o mosquito contaminado possa ter transmitido a doença para os outros moradores próximos, já que se trata de pacientes que moram praticamente na mesma rua em um bairro de Seara.
A dengue, febre chikungnya e o zica vírus são transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti. Desde o início do ano foram registrados 92 focos em Seara. A cidade é considerada infestada e a Regional de Saúde aguarda os resultados de exames dos 12 pacientes considerados suspeitos. Como o primeiro caso deu positivo para a Chikungnya, acredita-se que as pessoas que apresentaram os sintomas também estejam contaminadas.
Mesmo assim, não se descarta a possibilidade de dengue. Gimenez afirma que está acompanhando alguns trabalhos que estão sendo realizados em Seara, mas a situação é grave e já se fala em surto da doença no segundo maior município do Alto Uruguai Catarinense.
SOBRE A DOENÇA
Febre Chikungunya é uma doença parecida com a dengue, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus.
Seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da febre chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.