As vacinas contra o coronavírus devem chegar ao Rio Grande do Sul em 20 de janeiro, um dia após o lançamento da campanha nacional de imunização em Brasília, segundo informações do Ministério da Saúde repassadas à secretária de Saúde do Rio Grande do Sul, Arita Bergmann.
A data projetada para a primeira dose em território gaúcho tem como base o plano do ministério de dar a largada na campanha de imunização na próxima terça-feira (19), a partir da aplicação da primeira dose no Palácio do Planalto, conforme adiantou em primeira mão o jornal O Estado de S.Paulo. No mesmo dia, ocorrerá a reunião de governadores com o ministro Eduardo Pazuello.
As datas para o início das aplicações em cada Estado dependem de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar o uso emergencial da vacina de Oxford ou da CoronaVac – o prazo de 10 dias se esgota no próximo domingo (17). A expectativa de governadores é de que a agência dê o aval para alguma imunização no mesmo dia.
Segundo Arita, o ministério informou à Secretaria Estadual da Saúde (SES) que, após a primeira aplicação em 19 de janeiro em Brasília, a distribuição aos Estados deve começar na quarta-feira (20) de forma proporcional ao tamanho da população de cada unidade federativa.
Assim que o carregamento chegar ao Rio Grande do Sul, o governo gaúcho precisaria de um dia para distribuí-lo às coordenadorias regionais, onde os municípios buscariam o produto para levá-lo aos postos de saúde.
Conforme Arita, no máximo três dias após a chegada das doses ao Estado é que a vacinação começaria a ser aplicada. Em tese, isso seria no sábado (23), no cenário mais otimista.
— O lançamento da campanha de vacinação no Brasil seria dia 19 porque nesta data já teriam concretamente o imunizante para anunciar. A informação que tenho, da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde, é de que no dia 20 já teriam condições de começar a distribuição de forma igualitária e proporcional à população de cada Estado. Chegando a vacina ao Rio Grande do Sul, em um dia organizamos a proporcionalidade (da distribuição das vacinas) para as 18 coordenadorias regionais de saúde e passamos a fazer a logística de transporte. Aí tem a logística dos municípios de buscarem as vacinas nas coordenadorias. Chega na coordenadoria e precisa de um dia ou dois para chegar na ponta — afirma Arita.
A expectativa do Ministério da Saúde é de vacinar um terço dos brasileiros até o fim do primeiro semestre, uma proporção que deve ser estendida ao Rio Grande do Sul.
Em entrevista à Rádio Gaúcha na tarde desta quarta-feira (13), Arita também explicou que, em virtude das poucas doses adquiridas pelo governo federal, o início da vacinação não deve contemplar todos os cerca de 933 mil gaúchos que fazem parte do primeiro grupo prioritário – profissionais da saúde, idosos em asilos e indígenas.
— Se tivermos que fazer escolha, e teremos que fazer, porque a perspectiva de que não terá para todos no início é concreta, estamos em sintonia com o secretário nacional de Vigilância em Saúde de vacinar os trabalhadores que estão na linha de frente em UTIs, leitos clínicos e centros de triagem e aqueles que transportam pacientes com covid. Se tivermos mais doses, olharemos para idosos de instituições de longa permanência — afirmou a secretária.
De início, o Palácio Piratini estima que haja 361 mil profissionais da saúde no Rio Grande do Sul.
Com base na campanha de vacinação contra a gripe, o governo ainda calcula que o grupo prioritário acima de 80 anos inclui 326 mil gaúchos. No grupo de idosos entre 75 e 79 anos, entrariam 270 mil pessoas; pessoas entre 70 e 74 anos somariam 390 mil indivíduos.
Na população entre 65 e 70 anos, o governo estima haver 522 mil pessoas. Indígenas são 17 mil e indivíduos com comorbidades como diabetes e doenças renais, cardíacas e respiratórias seriam 1,150 milhão. No total, o Rio Grande do Sul teria 4,472 milhões de pessoas fazendo parte dos grupos prioritários.
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Para saber quando será a sua vez, você precisará baixar o aplicativo ConecteSUS ou questionar o posto de saúde mais próximo de sua casa, mas o governo do Estado irá divulgar, nos próximos dias, o calendário para cada grupo, com mais detalhes.
Questionada, a secretária da Saúde afirmou que o Rio Grande do Sul tem agulhas e seringas necessárias para dar a largada na campanha de imunização contra o coronavírus. Para além das 4,2 milhões de seringas e agulhas já no estoque, a SES ainda teve sucesso em comprar, por pregão, 10 milhões de insumos novos, com um preço 48% abaixo do solicitado.