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Colheita do milho se aproxima dos 50% da área cultivada no RS

Segue a colheita dos grãos de verão desta safra, com o milho atingindo quase metade (47%) da área cultivada, a soja com 4% da área, o feijão 1ª safra com 78% da área já colhida e o arroz, 10%. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (28/02), o avanço significativo desta fase das culturas ocorreu devido ao clima quente e seco.

A safra de milho é mais adiantada na parte Noroeste da metade Norte do Estado, apresentando boa qualidade do produto, com baixa porcentagem de grãos quebrados e trincados. Nas regiões Serrana, Metropolitana e Sul, inicia a colheita. Em todo o Estado, o desenvolvimento do milho é considerado ótimo, com a produtividade das lavouras apresentando ótimos rendimentos, variável entre regiões. Há relatos de que, em algumas lavouras, a produtividade ultrapasse 220 sacos por hectare no Alto da Serra do Botucaraí. No geral, 16% da área de milho está madura, 25% em enchimento de grãos, 6% em floração e os demais 6% em germinação e desenvolvimento vegetativo.

Majoritariamente em enchimento de grãos (71%), a cultura da soja evolui para a maturação, com várias lavouras apresentando coloração amarelada das folhas e vagens com grãos formados. Nas regiões da Serra e Campos de Cima da Serra, há excelente carga de vagens, indicando perspectiva de ótimo rendimento. As demais fases são 4% das lavouras já colhidas, 11% estão maduros, 12% em floração e 2% em desenvolvimento vegetativo.

Em geral, a cultura da soja segue com bom desenvolvimento e potencial produtivo. As áreas colhidas nas regiões Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Jacuí apresentam variação de produtividade entre 50 e 70 sacos por hectare, de acordo com nível de fertilidade do solo. Na Fronteira Oeste e Campanha, a limitação até o momento para potencial produtivo diz respeito ao porte baixo e a falhas no estande de algumas lavouras.

Em algumas lavouras do feijão 1ª safra, a produtividade final da cultura está próxima a 30 sacas por hectare, considerada muito boa. Em lavouras mais tecnificadas, as produtividades ultrapassaram 40 sacas por hectare, mas em boa parte das zonas de produção o rendimento tem variado entre 1,2 e 1,5 tonelada por hectare. As demais fases da cultura são 2% em floração, 15% em enchimento de grãos e 5% maduras e por colher.

Feijão 2ª safra – O cultivo da safrinha avança no Estado, com as lavouras apresentando bom crescimento e desenvolvimento vegetativo devido à boa umidade do solo proporcionada por chuvas regulares, associadas à intensa radiação solar, a temperaturas elevadas e a boa adubação. Tais condições proporcionam ótimo potencial produtivo. Nas primeiras lavouras semeadas, são realizados os tratos culturais de adubação nitrogenada em cobertura e controle de plantas invasoras. A recuperação da umidade do solo mantém a expectativa de boa colheita.

Para a safrinha ou segunda safra de feijão, a Emater/RS-Ascar aponta uma área de 19.520 hectares e uma produtividade média de 1.469 quilos por hectare, perfazendo uma previsão de produção de 28.673 toneladas

No Rio Grande do Sul, o arroz está com 41% da área cultivada na fase de enchimento de grãos, 27% maduro e já 10% colhido. No Vale do Rio Pardo, nas lavouras que iniciaram colheita, a produtividade e a qualidade do grão são boas. O estado fitossanitário da cultura é bom, e o desenvolvimento é normal. Já nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, a semana com alta insolação favoreceu a colheita do produto, que deve se estender pelas próximas semanas, já que a semeadura apresentou largo escalonamento em função das condições climáticas na época desta operação. Produtores relatam que a produtividade tende a diminuir nas próximas lavouras colhidas, em função da ocorrência de noites frias e chuvas na época do florescimento das lavouras tardias.

OUTRAS CULTURAS
Aipim/mandioca – Na região Noroeste, a cultura apresenta bom desenvolvimento e sanidade; é realizado o controle de invasoras com capina manual. Nos municípios de produção comercial, os produtores continuam colhendo e negociando a produção do aipim. Os negócios com mandioca implantada na última safra melhoraram em relação a preços, estando em R$ 20,00/cx de 27 quilos em Nova Candelária. O clima é favorável à cultura. As áreas cultivadas em agosto já apresentam colheita de produto novo sendo comercializado na feira e mercados. Em Alecrim está em processo final de legalização uma agroindústria de mandioca descascada, que pretende abastecer mercados do município e da região.

Oliveira – Na região Sul, a cultura da oliveira se encontra no período de frutificação e início de colheita. As expectativas de produtividades estão dentro da normalidade, acima de 1.500 kg/ha. Os produtores estão otimistas com a produção e produtividade e a colheita é realizada de forma manual, objetivando a primeira colheita de frutos maiores para a elaboração de azeitonas em conserva.

Erva-mate – A cultura está em pleno desenvolvimento nas áreas da Produção e Nordeste Gaúcho, com práticas de colheita, monitoramento de pragas (broca da erva-mate e ampola) e controle de invasoras (roçadas). Os preços têm variações de R$ 10,00 a R$ 15,00/arroba (15 quilos de folha verde) entregue na indústria, de acordo com o polo ervateiro e o padrão da matéria-prima.

No Vale do Rio Pardo e na Serra do Botucaraí, a erva-mate está sendo comercializada com preços em torno de R$ 12,00/arroba, posta na ervateira. Para o produto comercializado sem o serviço de colheita e transporte, o produtor recebe de R$ 7,00 a R$ 9,00/arroba. Alguns plantios novos são observados na região da Serra do Botucaraí (polo do Alto Taquari). A erva-mate orgânica certificada é comercializada com valores em torno de R$ 18,00/arroba. Os principais municípios produtores dessas regiões são Fontoura Xavier, Itapuca, Venâncio Aires, Mato Leitão e São José do Herval.

Nogueira – Há grande expectativa de boa produção este ano nas áreas do Alto Uruguai. Além disso, em 2018, foram implantados dez hectares de novas áreas, buscando aumentar a produção futura.

PASTAGENS E CRIAÇÕES
As condições climáticas continuam propiciando umidade e temperatura favoráveis a um bom desenvolvimento e produção de massa verde das pastagens, no geral. Porém, em algumas áreas, as pastagens cultivadas de verão começam a diminuir a sua produção e a tornarem-se mais fibrosas, ficando menos nutritivas e menos palatáveis para os animais.

Beneficiados pelo suporte forrageiro oferecido pelas pastagens nativas e cultivadas, os rebanhos leiteiros vêm apresentando bom estado físico e sanitário e mantendo um bom nível de produção de leite. Como é comum nesta época do ano, o calor e a umidade favorecem a multiplicação e o contágio por parasitos externos e internos, o que exige alguns cuidados, como o uso de medicamentos para o controle estratégico de verminoses e para o combate a parasitos externos, especialmente o carrapato que, além de causar parasitose, pode transmitir a tristeza parasitária.

Os rebanhos ovinos do RS continuam apresentando boa condição corporal, em consequência do bom suporte alimentar oferecido pelos campos. No manejo sanitário, destacam-se as atenções e cuidados para o controle de verminoses e parasitas externos, como miíases, sarna e piolho. O período de encarneiramento já começou em algumas propriedades e deverá se estender até abril.

Na região de Porto Alegre, os pescadores artesanais de cabo estão com as atividades paralisadas, mantendo-se apenas na captura e venda de iscas. Já a pesca embarcada consegue realizar a captura de algumas espécies e está sendo a responsável pela oferta de pescado. Na região de Santa Rosa, a retomada da pesca artesanal após o período de defeso manteve baixa captura durante todo o mês.

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