Os aposentados, pensionistas e segurados que recebem benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acima do salário mínimo – que em 2020 subiu para R$ 1.039 – terão reajuste de 4,48% este ano.
A correção corresponde à variação da inflação medida de janeiro a dezembro de 2019. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que serve como base para este cálculo, saiu nesta sexta-feira, depois de calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2019, os benefícios do INSS foram reajustados em 3,43%, também seguindo o resultado da inflação.
Com o reajuste, o teto do INSS – valor máximo das aposentadorias pagas pela Previdência Social – deve passar de R$ 5.839,45 para R$ 6.101,06.
Aposentado que ganha o mínimo perde
O reajuste para aposentados, pensionistas e segurados que recebem igual ao salário mínimo segue o valor do piso nacional e vai ter correção menor, passando de R$ 998 para R$ 1.039.
O governo divulgou o novo piso em 31 de dezembro de 2019. Para chegar ao salário base de 2020, que entrou em vigor em 1º de janeiro, o governo estimou uma inflação de 4,11% para 2019 – um índice que ficou menor que o real.
Com o INPC de 4,48%, o salário mínimo de 2020 tinha potencial para subir a R$ 1.043, segundo Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com ele, as perdas nos últimos três anos, para quem ganha o mesmo que um salário mínimo já chega a R$ 10. Em um ano, considerando 12 meses de salário e 13º salário, isso representa R$ 130 a menos para o trabalhador.
O R7 questionou o Ministério da Economia sobre uma possível revisão do valor do salário mínimo em 2020 e aguarda resposta.
Benefícios devem ser pagos a partir do dia 27
Cerca de 35 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) receberão os benefícios em 2020.
Segundo o INSS, quem recebe um salário mínimo vai ter o benefício depositado entre os dias 27 de janeiro e 7 de fevereiro.
Segurados com renda mensal acima do piso nacional terão os pagamentos creditados a partir de 3 de fevereiro.