O perfil mais comum entre os 10.051 mortos por coronavírus no Rio Grande do Sul, cifra atingida nesta terça-feira (19), é o de homens brancos com idade acima de 80 anos e alguma comorbidade. Mas os dados revelam que o impacto da pandemia não recaiu somente sobre os mais velhos.
Segundo as informações da Secretaria Estadual da Saúde (SES), 18,8% dos óbitos registrados ocorreram entre pessoas com menos de 60 anos. Abaixo desse patamar, a faixa etária mais afetada foi a de 50 a 59 anos, com perto de 11% das mortes. Além disso, de cada cem vidas perdidas, sete contavam entre 30 e 49 anos — comprovando que o vírus pode ser fatal também entre as camadas mais jovens da população.
Independentemente da idade, cerca de 90% dos mortos tinham pelo menos alguma outra doença associada. Os dados indicam ainda que, seguindo o perfil étnico do Estado, a maior parte dos registros de óbito é de pessoas brancas, com praticamente sete entre cada 10 notificações. Pretos ou pardos perfazem 8,4%.
Na sociedade gaúcha, conforme dados de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os brancos somam 81%, e os pretos e pardos representam cerca de 18% — as diferenças em relação ao perfil dos mortos por covid-19 podem ter relação com o fato de que 24,8% dos registros não especificaram a etnia da vítima. Veja, abaixo, algumas das principais características de quem não resistiu à pandemia no Estado, até o momento.