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CNM aponta R$ 8,4 bilhões em prejuízos parciais pelas chuvas no Rio Grande do Sul

A entidade, que acompanha de perto a situação dos gestores, destaca que os dados ainda são parciais.

Com 446 Municípios afetados pela enchente histórica que assola o Rio Grande do Sul, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) informou que, de 29 de abril até as 14 horas do último domingo, 12 de maio, as chuvas já causaram mais de R$ 8,4 bilhões em prejuízos financeiros. Desse total, R$ 4,5 bilhões se referem ao setor habitacional, com 101 mil moradias destruídas ou danificadas.

No setor público, R$ 1,6 bilhões dos prejuízos se referem a obras de infraestrutura, como pontes, calçamentos e sistemas de drenagens urbanas. A entidade, que acompanha de perto a situação dos gestores, destaca que os dados ainda são parciais, uma vez que os gestores municipais enfrentam dificuldades para inserir as informações nos sistemas.

Situação atual – Temporais Rio Grande do Sul

(Dados atualizados em 12 de maio de 2024, às 15h)

Desde o dia 29 abril, as tempestades estão assolando o Estado do Rio Grande do Sul, causando mais de R$ 8,4 bilhões em prejuízos financeiros.

São 446 Municípios afetados, segundo a Defesa Civil Estadual. Destes, 397 Municípios foram reconhecidos pelo governo federal em Estado de Calamidade Pública, por rito sumário, dos quais 304 registraram os decretos no S2iD.

A CNM destaca que a maioria dos Municípios que registraram seus decretos de anormalidade no S2iD, do MIDR, começaram a detalhar os danos materiais e humanos. Já sobre prejuízos, apenas 62 Municípios começaram a inserir esses valores. Portanto, o montante de R$ 8,4 bilhões dizem respeito aos prejuízos de 62 Municípios.

Reitera-se que as informações são parciais e as informações são atualizadas diariamente pelos municípios.

Setores mais afetados – Prejuízos econômicos

O total de R$ 8,4 bilhões em prejuízos foi informado pelos municípios, mas são parciais e estão sendo alterados pelos gestores locais. Desse total, tem-se que R$ 2,3 bilhões são no setor público, R$ 1,6 bilhão no setor privado e a maioria dos prejuízos, por enquanto, referem-se ao setor habitacional, com R$ 4,5 bilhões, sendo mais de 101 mil casas danificadas ou destruídas. Os valores sofrem constantes alterações para mais ou menos à medida que as verificações em campo se intensificam.

Impacto nas Habitações:

– Danificadas: 92,6 mil;

– Destruídas: 8,4 mil;

– Total unidades habitacionais: mais de 101 mil;

– Prejuízos na habitação: R$ 4,5 bilhões.

Principais setores públicos afetados:

– Danos materiais (instalações públicas como escolas, hospitais, prefeituras, prédios de serviços públicos, instalações de usos comunitários, etc.): R$ 421,5 milhões em prejuízos;

– Obras de infraestrutura (pontes, calçamento, asfaltamento de ruas e avenidas, viadutos, sistemas de drenagens urbanas etc.): R$ 1,6 bilhão em prejuízos;

– Sistema de transportes: R$ 66 milhões em prejuízos;

– Assistência médica emergencial: R$ 8,8 milhões em prejuízos;

– Sistema de esgotamento sanitário: R$ 18 milhões em prejuízos;

– Limpeza urbana e remoção de escombros (recolhimento e destinação): R$ 35,6 milhões em prejuízos;

– Geração e distribuição de energia elétrica: R$ 3,7 milhões em prejuízos;

– Sistema de ensino: R$ 82 milhões em prejuízos;

– Abastecimento de água: R$ 10,4 milhões em prejuízos;

– Sistema de controle de pragas e vetores (desinfestação e desinfecção): R$ 1,3 milhão em prejuízos;

– Distribuição de combustíveis: R$ 2,1 milhões em prejuízos;

– Segurança Pública: R$ 2 milhão em prejuízos;

– Telecomunicações: R$ 870 mil

Principais setores privados afetados:

– Agricultura: R$ 1,2 bilhão em prejuízos;

– Pecuária: R$ 64 milhões em prejuízos;

– Indústria: R$ 245,5 milhões em prejuízos;

– Comércios locais: R$ 121,4 milhões em prejuízos;

– Demais serviços: R$ 27,6 milhões em prejuízos.

Danos humanos:

– 143 mortos;

– 815 desaparecidos;

– 86,4 mil desabrigados;

– 620,8 mil desalojados;

– 8,8 mil feridos e enfermos;

– 2,6 milhão de pessoas afetadas.

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