A polícia desarticulou nesta segunda-feira (8), em Mormaço, Norte do Rio Grande do Sul, uma quadrilha especializada no roubo a bancos, explosões de carros-fortes e cofres. Na ação, um homem suspeito de liderar o grupo, morreu em confronto com os policiais. Segundo o delegado Joel Wagner, titular de Delegacia de Roubos do Deic, a quadrilha era comandada por Ronaldo Bandeira Mack, 39 anos, que morreu. O grupo teria sido responsável por mais de 20 ataques a bancos e carros-forte no Rio Grande do Sul desde 2014 com o uso de explosivos, afirmou o delegado. Conforme Wagner, a quadrilha agia com extrema violência nos ataques cometidos no interior do Estado. “Com certeza, era a quadrilha que mais agia no Estado no ataque a bancos e carros-fortes”, explicou.
Wagner participou de uma entrevista coletiva na companhia do chefe de Polícia, delegado Guilherme Wondracek, na sede do Deic, onde foi apresentado o armamento apreendido com a quadrilha de Mack.
Segundo Wondracek, foram presos sete criminosos com vasta ficha policial. “A pergunta que se faz é quanto tempo ficarão presos. A legislação é frouxa e muitas vezes fruto da complacência de alguns juízes. A sociedade tem que cobrar”, ressalta.
Para Wondracek, é necessário mudar a legislação para que uma pessoa que seja condenado há 12 anos fique pelo menos oito ou nove anos na prisão. “Tiramos de circulação a maior quadrilha de atuação de explosão de caixa eletrônicos e cofres de agência que agia no Estado e também às vezes em Santa Catarina e no Paraná”, explica.
Conforme Wagner, a quadrilha agia com quatro ou cinco integrantes armados de fuzil. “Eles chegavam em cidades do interior e na madrugada atacavam uma ou duas agências simultaneamente. Os criminosos realizavam disparos para afugentar a polícia ou os moradores que fossem até o local”, explicou.
Na ação da Polícia Civil, sete pessoas foram presas e dois adolescentes apreendidos. Os policiais encontraram no sítio cinco fuzis, explosivos, coletes à prova de bala, munição, toucas ninjas, miguelitos, um revólver 38, duas marretas e um machado. Os criminosos foram levados para o presídio de Soledade.