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Assassinatos descobertos nos últimos dias mudam índice de segurança em Erechim

Dados da polícia revelam média histórica de 20 homicídios por ano no município

O governo gaúcho celebrou nesta segunda-feira, 12, a redução da criminalidade no Rio Grande do Sul. O comparativo é dos meses de janeiro e fevereiro. Os assassinatos, por exemplo, reduziram em 34,5% neste 2018. Em Erechim essa realidade também parecia se confirmar. Mas, os acontecimentos da última semana se tornaram um alerta. Em seis dias, três mortes violentas. Índice 33% maior que nos três primeiros meses de 2017 e estamos ainda no início de mês.

Três assassinatos

O primeiro caso se confirmou no dia 07, quando o corpo do jovem Allan Maciel, de 15 anos, foi encontrado num matagal nas proximidades da APAE. O jovem, morador do bairro Presidente Vargas, havia desaparecido em 1º de março. O cadáver estava em avançado estado de decomposição, tinha marca de tiro e ainda a parte posterior do crânio esfacelada.

A investigação do caso está a cargo da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas de Erechim, (Defrec), sob a coordenação do delegado Gustavo Vilasboas Ceccon. O titular destaca que as investigações revelam que o adolescente foi levado ainda com vida para o local onde seu corpo foi encontrado. “Já ouvimos testemunhas e temos informações precisas de como o crime ocorreu. Ainda precisamos juntar alguns fatos para confirmar a motivação e posteriormente apontar a autoria”, declara Ceccon.

Na madrugada desta segunda-feira, mais uma morte. O ex-vereador de Entre Rios do Sul, Adriano Ribeiro dos Santos, conhecido como Adriano Beiço, 36 anos, foi morto a tiros no Bairro São Cristóvão, em Erechim. O crime ocorreu por volta das três horas da madrugada, quando vizinhos ouviram diversos disparos de arma de fogo. No local a Brigada Militar encontrou o corpo de Adriano já sem vida, caído na via com marcas de diversos disparos de arma de fogo, próximo de seu automóvel, um Audi A4. Conforme o Delegado Gustavo Ceccon a vítima era conhecida no mundo do crime. Já cumpriu pena por ter sido condenado por sequestro, cárcere privado, extorsão e formação de quadrilha, e era acusado por arrombamento de caixas eletrônicos. Atualmente ele seria proprietário de uma casa noturna, localizada na Rua Sidney Guerra, em Erechim. “Neste caso estamos com a investigação bem adiantada. Em breve o crime será elucidado”, garante.

O terceiro homicídio foi descoberto nesta segunda-feira, 12, quando um corpo foi encontrado num terreno próximo ao Patronato São José. O corpo estava carbonizado e em avançado estado de decomposição. Ainda não foi possível identificar a vítima, nem as causas da morte. A polícia solicitou exame de DNA para fazer a identificação. “Acreditamos que o homem tenha sido morto em outro local, enrolado em um plástico e levado até a área de mata, onde foi jogado e carbonizado. Ainda de acordo com indícios, provavelmente a morte tenha ocorrido há cerca de uma semana. Existe uma suspeita de que a vítima possa ser Luiz Felipe Machado, de 21 anos, morador do bairro Cristo Rei que está desaparecido desde o último dia 05 de março. Mas somente o exame de DNA nos dará essa certeza”, declara Ceccon.

20 homicídios ao ano

Em 2016, nos três primeiros meses do ano foram registrados em Erechim 6 assassinatos. Em 2017, foram quatro em igual período e neste ano já são três e estamos ainda na segunda semana de março. Para a Brigada Militar o trabalho conjunto entre os órgãos de segurança pública teria evitado homicídios nos dois primeiros meses.

A média histórica de homicídios em Erechim segundo o delegado Gustavo Ceccon é de 20 casos ao ano. A maioria envolvendo jovens. “O homicídio é um crime diferenciado. Temos aqui em média 20 casos por ano. Pelas diferentes motivações é bem difícil reduzir esses números. O principal fator é essa cultura de impunidade que nós temos e é isso que nós a polícia, como o Ministério Público e o judiciário estamos tentando mudar. Nós vemos que muitas pessoas estão sendo presas e condenadas em razão desses crimes. Se isso continuar eu acredito que essa cultura de se fazer a justiça com as próprias mãos vai acabar e esses crimes possam ser reduzidos”, enfatiza o delegado.

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