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Autoestima deve ser desenvolvida durante a infância

Educar e formar uma criança são tarefas desafiadoras. Pais de primeira viagem ou casais que já passaram pela experiência de ter o primeiro filho são diariamente testados. Não basta cuidar do básico, como alimentar, trocar fraldas, ensinar os primeiros passos e palavras. É necessário mais. Entre o manancial de cuidados há os que exigem mais resiliência, como fazer com que o filho conquiste autoestima. Aparentemente a missão nem é tão cabulosa. Mas fazer com que criança seja confiante para assumir riscos e desenvolva segurança para acreditar na própria capacidade, sabendo aceitar o fracasso, exige muito dos pais. “É no decorrer dos anos que as crianças aprendem as habilidades requisitadas pela nossa sociedade”, explica a psicóloga Renata Ayub.

De acordo com a profissional, se uma criança não é estimulada a desenvolver habilidades como estas, elas podem crescer com uma visão distorcida de suas capacidades. “No futuro, provavelmente, ela terá muita dificuldade para aceitar as frustrações, além de acreditar que não é boa o suficiente”, explica.

Construção da autoestima infantil
Uma criança precisa de elogios para desenvolver a autoestima. No entanto, muitos pais pecam ao restringir a somente este detalhe. “Dedicação para entender o filho ainda é a melhor forma de fazer com que ele cresça de forma saudável”, diz Renata. Segundo a profissional, ouvir a criança e procurar entender suas necessidades é recomendável. Porém, o alerta sobre a linha tênue entre compreensão e falta de limites não tarda a aparecer. Os pais precisam (e devem) impor limites aos filhos.

A forma mais adequada de executar a tarefa é evitar as críticas em excesso e prezar pela explicação lógica. “Críticas severas podem deixar sequelas e traumas profundos, afinal, as primeiras noções de autoestima das crianças são os olhares que os pais têm sob elas”, alerta a terapeuta.

O excesso de cuidados pode ser devastador na vida adulta. Crianças devem aprender desde cedo a lidar com frustrações. Caso pulem esta etapa, as chances de perpetuar a fragilidade diante de dificuldades é enorme. “É extremamente difícil para um pai ver o filho em uma situação de desconforto. Ao mesmo tempo, é igualmente arriscado poupá-los das dificuldades”, pondera a profissional. “A reação dos pais diante de determinadas situações vão refletir na forma como ela agirá na vida adulta. Se a criança é superprotegida, jamais acumulará vivências e terá pouco repertório para saber se posicionar”.

Evite os traumas
Deixar os filhos cometerem erros pode ser saudável. Antecipar uma escolha da criança limita suas opções e ela certamente não saberá lidar com frustrações, pois sempre teve respaldo dos pais nas situações em que ela deveria agir e pensar por si mesma. Estimular a coragem, evitar comparações com outras crianças e elogiar é sempre recomendado. Assim como manter um diálogo aberto, dar atenção aos seus dilemas (por mais corriqueiros que eles pareçam) também favorecem o desenvolvimento da autoestima infantil.

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