A forma de quitação da folha do funcionalismo público gaúcho neste mês será anunciada pelo secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, em entrevista coletiva, na tarde desta sexta-feira. Salvo alguma reviravolta, a linha de corte deve ficar entre R$ 2,5 mil e R$ 2 mil.
Há expectativa entre integrantes do governo de que, caso seja confirmado o atraso, a situação amplie o constrangimento de defensores da aprovação dos projetos de reajustes para servidores de poderes como o Tribunal de Justiça e também para o Tribunal de Contas, que tramitam na Assembleia.
Depois que o Ministério da Fazenda propôs a governadores o alongamento em 20 anos do prazo de pagamento da dívida dos estados, o Piratini sinalizou que o acordo não será assinado conforme os moldes da proposta. Segundo a proposição do governo federal, a parcela mensal do Rio Grande do Sul diminuiria cerca de R$ 40 milhões, montante insuficiente conforme avaliação da Secretaria da Fazenda. Atualmente, o Estado paga R$ 280 milhões por mês com atraso, o que acarreta em congelamento dos repasses federais.
Feltes defende que haja carência de três anos para o pagamento da dívida dos estados e municípios com a União. A medida deixaria nos cofres do Rio Grande do Sul R$ 3 bilhões ao ano. “Para o Rio Grande do Sul, tanto a alternativa de dez quanto a de vinte anos embora positiva, nao é suficiente para pagar a monumental dívida com a União. O ideal seria uma carência de três anos sem pagamento, o que nos daria fôlego para quitar os valores nos 17 anos restantes”, afirmou.