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Lavouras de trigo na região do Alto Uruguai estão com mais de 80% da área semeada

As lavouras de trigo na região do Alto Uruguai, safra 2020/2021, com área prevista de 32 mil hectares, já estão com mais de 80% da área semeada, de acordo com informativo conjuntural do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim. A área de plantio de trigo teve um aumento de 11,48%. A cultura da cevada, com área de plantio de 9.127 hectares, teve redução da área cultivada em 7,15%, de acordo com levantamento da Emater/RS, parceira da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Também já estão semeadas as lavouras de aveia preta e branca. Até o momento foram encaminhados 1.684 projetos de crédito rural para custeio e investimento, totalizando um valor de R$ 61.644.983,00. Os fortes ventos ocorridos nesta terça-feira (30/06) não prejudicaram as lavouras que estão em fase de germinação.

Frutícolas
Na área da fruticultura, os produtores estão realizando tratamento de inverno e limpeza das áreas. Nos pomares de pêssego, com 7,6 hectares, se destaca o município de Barra do Rio Azul, onde um produtor tem 12 hectares e neste ano tem intenção de aumentar a área em mais 3 hectares, de acordo com levantamento.

Nos parreirais de uva, com área de 418 hectares, o destaque fica com o município de São Valentim, que cultiva 60 hectares com destino comercial e, neste ano, sinaliza com ampliação da área.

O cultivo de morango, com área de 8 hectares na região, apresenta boa produção com qualidade.

A variação de temperatura, registrada nas últimas semanas beneficiou os pomares com laranja, com área de 2.844,10 hectares, sendo que muitas frutas têm apresentado coloração mais acentuada em relação as produzidas, neste mesmo período do ano passado, fato que indica uma maturação mais precoce das frutas este ano, de acordo com informativo conjuntural do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar. A safra da laranja valência começa a ser comercializada para suco/indústria a R$ 0,29/kg nos pontos de carregamento; in natura R$ 0,45/kg. A colheita das variedades Umbigos e precoces está encerrada. As variedades tardias como a Lanelate e Monte Parnaso, vendidas a R$ 0,70/kg.

Os pomares de bergamotas, com área plantada de 334 hectares, com plantio das variedades precoces, estão colhidos. No momento, inicia a colheita das variedades de ciclo médio e tardio. A variedade Montenegrina está em fase de amadurecimento com boa qualidade.

Pastagens
As forrageiras anuais de inverno, especialmente a aveia e o trigo, estão com ótimo desenvolvimento, com alta oferta de forragem de altíssima qualidade. Para os municípios da encosta do Rio Uruguai, onde forma-se um microclima específico, com temperaturas mais altas em relação aos demais municípios da região, as gramíneas nativas recuperaram-se do período de estiagem ocorrido no verão/outono e estão com razoável a bom desenvolvimento. Este panorama geral com maior oferta de forragem propiciou aos agricultores a possibilidade de reduzir a oferta de silagem e de concentrados aos animais, o que reduziu os custos de produção de leite e de carne.

Bovinocultura de corte
O mercado da carne bovina está aquecido. A oferta de bezerros segue em alta. Os rebanhos estão em boas condições sanitárias. Os preços ficam em: terneiros, R$ 7,50/kg vivo; boi gordo, R$ 7,00/kg vivo e vacas de descarte, R$ 6,00/kg vivo. Preço em alta na semana passada.

Bovinocultura de leite
A temperatura amena e fria, da semana passada, propiciou o bem-estar dos animais, tanto no sistema a pasto quanto no sistema confinado. As fortes chuvas ocorridas em alguns locais dificultaram em muito o manejo dos rebanhos e reduziram a coleta de forragem pelos animais em pastejo, além de levar à formação dos indesejados lamaçais e poças d’água ao redor das instalações e nos caminhos dos rebanhos.

Os bovinocultores estão otimistas em relação ao preço do leite para os próximos meses, visto que os técnicos dos laticínios estão acenando com possíveis aumentos aos produtores. O leite foi cotado em média a R$ 1,30/L. Preço estável na semana.

Apicultura
O frio e a baixa oferta de forragem têm levado as abelhas a reclusão constante, o que torna as colmeias totalmente dependente das reservas de mel ou dos alimentos antrópicos. Orientados pelos técnicos dos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar muitos apicultores estão ofertando alimento às abelhas, prevenido assim, seu enfraquecimento ou até mesmo a morte total dos enxames.

O mel está sendo comercializado entre R$ 10,00 (atacado) e R$ 18,00/kg (varejo), o pólen com embalagem de 130 gramas R$ 15,00; a própolis com embalagem de 100 ml R$ 15,00. Preço estável.

Olerícolas
O clima mais quente na semana e tempo aberto e com dois dias de chuva, ocorridos na semana passada, favoreceu a ampliação das áreas de cultivo das olerícolas fora das estufas. As feiras municipais estão abertas, respeitando as respectivas recomendações da OMS para o combate da Covid-19.

O repolho, brócolis e couve-flor vem se desenvolvendo bem devido a temperaturas mais amenas e a diminuição da incidência da hérnia das crucíferas. O radiche, salsa, temperos, cultivados em áreas irrigadas, também apresentam bom desenvolvimento. Há boa oferta de produtos e com boa qualidade e ocorrendo até sobra de produção em olericultores. Alguns produtores, devido a Covid-19, tiveram as vendas reduzidas nas feiras dos produtores, e estão buscando outras alternativas para incrementar as vendas como aplicativos para escoar a produção.

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