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Polícia desarticula braço de facção que atuava em Erechim

A Polícia Civil desencadeou na manhã desta quinta-feira (13), a operação Origem, que desarticulou braço de uma facção de Porto Alegre, que havia se estabelecido em Erechim e vinha cometendo diversos crimes na região Alto Uruguai.

A ação iniciou nas primeiras horas da manhã e os trabalhos se concentraram na região do bairro São Cristóvão e pelo menos 10 pessoas foram presas. Além delas, foram cumpridos mandados de prisão contra outros seis indivíduos que já estavam no presídio de Erechim e contra dois líderes da organização, que cumprem pena na PASC (Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas). Uma pessoa na Capital da Amizade e duas em Porto Alegre, seguem sendo procuradas.

De acordo com o delegado titular da DRACO (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), Gustavo Vilasbôas Ceccon, a principal atividade da quadrilha era o tráfico de drogas, mas a investigação identificou a participação do grupo em pelo menos uma execução, e três roubos a joalherias, além de outros delitos, todos cometidos na região.

“A organização controlava diversos pontos de venda de drogas na cidade, principalmente no bairro São Cristóvão, e após nove meses de investigação conseguimos chegar aos fornecedores, transportadores, a quem cortava a droga e aos que vendiam”, diz o delegado.

Segundo Ceccon, durante os meses de investigação foram realizadas as prisões de diversas pessoas e efetuada a apreensão de significativa quantidade de entorpecentes. Além disso, a polícia obteve vídeos de um homicídio ocorrido em Áurea, onde a vítima foi executada com um tiro e teve o corpo queimado, e de um espancamento ocorrido em Erechim.

Na edição impressa do jornal Bom Dia de amanhã (14), matéria especial trará mais detalhes sobre a operação e a tentativa de expansão das facções em Erechim.

Criminosos de outros municípios

O delegado conta que uma das dificuldades para identificar os integrantes da facção foi o fato de ela recrutar indivíduos de diferentes municípios do Rio Grande do Sul. “Alguns dos presos hoje são daqui, mas o grupo recruta pessoas de Porto Alegre, Santa Maria e outras cidades, inclusive, vários adolescentes. Esses indivíduos cometem os crimes aqui e como não tem vínculo com Erechim, vão embora. Então o trabalho para identificá-los e localizá-los se torna mais difícil”. A pedido da polícia, a reportagem não divulgará o nome da facção alvo da operação.

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