A ministra da Agricultura Tereza Cristina anunciou nesta segunda-feira, 04, que autoridades sanitárias da China acabam de habilitar sete plantas frigoríficas de Santa Catarina a exportar subprodutos de carne suína ao seu mercado.
Os negócios podem ter início imediatamente. Essa decisão da China é mais um reconhecimento ao status sanitário diferenciado do Estado, que é o único do Brasil livre de aftosa sem vacinação. É em função disso que Santa Catarina lidera as exportações de carne suína no país.
As agroindústrias catarinenses já tinham sido informadas dessa negociação mês passado e a viagem do presidente Jair Bolsonaro ao país aceleraria a decisão, o que foi confirmado agora. A medida beneficia plantas que já exportam carne suína ao país asiático.
Segundo o gerente executivo do Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados do Estado (Sindicarnes-SC), Jorge de Lima, essa é mais uma oportunidade para ampliar as exportações de carne suína que estão em alta desde o começo do ano. Ele observa que a China tem uma necessidade especial de importação de carne suína porque teve que reduzir em 40% a sua produção, que é a maior do mundo, porque está enfrentando surto de peste suína africana e também de peste suína clássica.
Projeções de agroindústrias são de que essa nova abertura chinesa permitirá exportar cerca de 7 mil toneladas por mês de subprodutos, que somarão faturamento mensal da ordem de US$ 15 milhões, ou US$ 180 milhões por ano.
No grupo de subprodutos, também chamados miúdos, estão pé, língua, focinho, máscara, orelha e rabo de suínos. São produtos comestíveis que hoje são usados no Brasil para a produção de proteína animal.