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Cooperalfa 55 anos: união, trabalho e compromisso com as pessoas

Cooperar: atuar, juntamente com outros, para um mesmo fim; contribuir com trabalho, esforços e auxílio. Este é o sentido literal de um termo que há décadas é a essência do trabalho desenvolvido pela Cooperalfa. Este sábado, 29 de outubro, é uma data especial em que a cooperativa celebra 55 anos de história, sendo cinco na região de Erechim. Leitor, lhe convido a conhecer um pouco mais sobre essa história…

No dia 29 de outubro de 1967, durante Assembleia Geral Extraordinária da Cooperativa Tritícola do Oeste Ltda. – a qual estava desativada há alguns anos – dezenas de cooperativistas chapecoenses concordaram em reestruturá-la e transformá-la em Cooperativa Mista Agropastoril de Chapecó Ltda. – Cooperchapecó. Esta data é oficialmente a comemoração do aniversário da Cooperalfa.

Primeiros investimentos

No início de 1968, a Cooperchapecó aluga uma sala comercial no centro da cidade, para melhor atender seus associados.

Em 1970 é inaugurada a primeira sede própria, com os primeiros armazéns da Cooperchapecó, localizados na Avenida Fernando Machado, a matriz da Cooperalfa. A união gerou força e no ano de 1974, em Cordilheira Alta, associados da Cooperchapecó e de uma cooperativa de Xaxim, autorizam a união das cooperativas. A partir de janeiro de 1975, a razão social passa a ser Cooperativa Regional Alfa Ltda.- Cooperalfa. Nos anos seguintes também houve outras incorporações em outras regiões de Santa Catarina e Mato Grosso.

Em 1978, a Cooperalfa criou a Assessoria de Comunicação e Educação, ligada ao Departamento Técnico. A partir desse trabalho, foram eleitos os primeiros agricultores líderes e realizados os programas para mulheres. Naquela primeira turma de líderes, fazia parte o atual presidente, Romeo Bet, que está no cargo desde 2009.

Na avaliação do primeiro vice-presidente da Cooperalfa, Cládis Jorge Furlanetto, a cooperativa surgiu a partir de uma necessidade básica dos produtores, principalmente em confiar em uma instituição para depositar seus produtos. “Na atualidade, o cenário não mudou e observamos o quanto o cooperativismo contribui, principalmente para o pequeno produtor rural. A essência da cooperativa segue a mesma conduta e valores”, comenta ao citar que no princípio houve algumas dificuldades em formar o associativismo mas aos poucos a Alfa cresceu em razão de oportunidades, especialmente em novas regiões. “Fomos além do oeste catarinense e nos mantivemos o ano inteiro ao lado do produtor nas mais diferentes atividades. Outro aspecto que vale mencionar é o papel essencial e idôneo que todos os dirigentes tiveram ao longo do tempo. Esse e vários fatores contribuíram para que a cooperativa chegasse aos 55 anos com essa estrutura e segurança”, reitera Cládis.

Ingresso no RS, um retorno às origens

Em 2017, a Cooperalfa volta às suas origens e inicia a atuação no RS, com o aluguel de algumas estruturas da Cooperativa Cotrel e locação de outras. Trata-se de um retorno, pois, nas cooperativas gaúchas foi que se buscou a base da então Cooperchapecó e de onde migrou grande parte das famílias catarinenses associadas à Cooperalfa.

Em Erechim, a expansão proporcionou que 17 filiais fossem criadas, tanto na Capital da Amizade como em outros municípios do Alto Uruguai. Esse crescimento não para e já sinaliza para novos investimentos. “Por volta de maio de 2016, a diretoria da Alfa foi procurada pela diretoria da Cotrel, via cooperativa Aurora. Iniciamos as tratativas por meio de reuniões com os líderes do quadro social e em 2017 começamos oficialmente esse trabalho. Desde então, já foram investidos mais de R$ 100 milhões na região que consideramos muito próspera”, recorda o vice-presidente.

Potencial da região

Conforme o gerente da Cooperalfa Erechim, Eudes Biavatti, desbravar a Cooperalfa em 2017 foi uma decisão desafiadora, tanto para a comunidade, como para a cooperativa. “Aos poucos, a partir do conhecimento da realidade local, bem como de todas as oportunidades de negócios que o RS nos oferece, reconhecendo a força do trabalho das pessoas, fomos aceitos e a população percebeu que viemos para somar. Nossa intenção sempre foi agregar no desenvolvimento, em conjunto com a Aurora, em toda a sua integração de aves, suínos e leite, e construímos um trabalho eficiente. Hoje, após cinco anos, observamos de maneira ainda mais efetiva os valores e a confiança estabelecida”, relata Biavatti ao mencionar que atualmente são mais de 300 colaboradores no Estado e 33 filiais.

Associados estão ‘em casa’

Outro compromisso da Alfa é estar junto às famílias e integrá-las em suas ações e compromissos. “Esse pertencimento faz com que o produtor seja estimulado à continuidade dos trabalhos no campo, pois é verificado um trabalho de seriedade. Eles chegam e sentem-se em casa. Tudo isso foi uma construção e sentimos muito orgulho ao verificar a participação cada vez mais expressiva dos associados na cooperativa”, salienta o gerente que cita o fato de, neste ano, ter sido entregue a cota capital aos produtores que tinham direito, conforme o estatuto da Alfa. “Foi algo inovador e muito importante”, acrescenta.

Pela região, a cooperativa tem ainda espaços alugados e também próprios, além de projetos em andamento. Recentemente foi aprovada a construção do silo de Barão de Cotegipe, um investimento de aproximadamente R$ 30 milhões. Outro passo importante foi a aquisição das estruturas da Barbiero Agronegócio. “São valores envolvidos em negociações importantes e que vislumbram a colaboração com toda a sociedade”, afirma o gerente da Alfa Erechim.

Ao mesmo tempo, as ações sociais fortalecem a união regional, a exemplo do Alfa Mulher, os programas de qualidade, assistência técnica em todas as atividades e o planejamento estratégico, os quais se tornam outros diferenciais da Alfa.

Preservação da história

Para contribuir na preservação de toda sua história, a Cooperalfa em parceria com o Sicoob criaram em 2010 o Centro de Memória Alfa/MaxiCrédito, o Cemac. A historiadora, Elisandra Forneck, explica que no local pode ser conferido todo o acervo institucional, das pessoas que fazem parte das duas cooperativas e das comunidades em seu entorno. “Temos preservados diversos objetos tridimensionais – como máquinas de escrever, calcular -, fotografias, inclusive arquivos digitais, audiovisuais, documentos, arquivos têxteis, entrevistas, entre outros materiais”, pontua.

O Cemac está aberto à visitação de segunda a sexta-feira e os interessados podem obter mais informações pelo site: cemac.coop.br

Cooperativismo e desenvolvimento

Para Elisandra, há algumas características comuns nas cooperativas, a exemplo da forte liderança, tanto de administradores como de associados e colaboradores, trabalho intenso, resiliência e um sentimento enaltecido de pertencimento. “A cooperativa é uma instituição que está ao lado dos produtores e, desse modo, essa representatividade expressiva pode influenciar diretamente no modo de vida da população. Estudos desenvolvidos já apontam que, nas comunidades em que há uma atuação mais significativa do cooperativismo, a qualidade de vida das famílias é melhor, assim como a renda, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e há, por sua vez, um acesso facilitado à educação e à formação”, comenta.

Pertencimento

Entre os milhares de associados da Alfa, algo em comum é o apreço pelo cooperativismo e o reconhecimento diante de inúmeros benefícios ao fazer parte dessa história.

 

Hilário Poletto é associado da Cooperalfa Erechim. Ele e a família contam com uma propriedade bem diversificada, com destaque para a soja, o trigo, o feijão, a erva-mate, os suínos, a fruticultura e a criação de abelhas. Ele acredita que todas essas atividades permitem a contribuição na renda e, ainda, que a presença da Alfa é motivo de grande satisfação por trazer vários benefícios à região. “Sempre penso, o que seria do Alto Uruguai sem a cooperativa, sendo que, a cada dia percebemos o crescimento expressivo desse trabalho. Gostaria de deixar os parabéns a todos que fazem parte dessa história, em especial, o presidente Romeo Bet, sua diretoria e funcionários”, declara o produtor que celebra seu aniversário junto com a cooperativa.

Para quem ainda não integra a Alfa, S. Hilário deixa um recado: “A hora é agora. Vamos nos associar e contribuir para o desenvolvimento do agronegócio”, enaltece.

Em Chapecó, o associado Adejair Antônio Savaris, ressalta o orgulho em fazer parte da Alfa. “Pela solidez que possui, nos propicia a compra de insumos de qualidade, a venda da produção quando consideramos que é o melhor momento e isso reflete na segurança nas atividades desenvolvidas no campo. A Alfa nos oferece, ainda, cursos, assistência técnica de qualidade, com inovações disponíveis no mercado, observando a importância da fertilidade do solo, aumento da produtividade e a atenção para a sustentabilidade”, enfatiza.

 

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