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Desafios da pecanicultura são avaliados em curso em Erechim

Os desafios e novas tecnologias, organização da cadeia produtiva e informações técnicas de manejo desde a implantação até pomares já existentes de nogueira-pecã marcaram as recomendações e orientações das palestras do curso sobre esta cultura realizado em Erechim, nesta terça-feira (30), na Cantina Trentin e na propriedade do produtor Julio Kotiarenko. O curso reuniu cerca de 140 pessoas entre produtores e técnicos da Emater/RS-Ascar de diversas regiões do Estado e de Santa Catarina.

Participaram do ato de abertura do curso o vice-prefeito de Erechim, Flavio Tirello, o secretário municipal da Agricultura, William Racoski, o vereador Ale Dal Zotto, representando o Poder Legislativo, o gerente regional da Emater/RS-Ascar em Erechim, Gilberto Tonello, vice-presidente da Sicredi UniEstados, Luis Caramori, e o diretor comercial da Cresol, Jacionor Pertille. Tonello agradeceu a parceria e o apoio de todos para juntos proporcionar mais uma alternativa de renda e permanência dos produtores no campo. “A prefeitura é parceira da Emater e das entidades no fortalecimento de Erechim e região”, disse, ao destacar a importância da realização do curso. Caramori e Pertille também salientaram a importância desta capacitação e colocaram as instituições como parceiras das entidades e dos produtores.

Logo após a abertura, os engenheiros agrônomos da Emater/RS-Ascar Luiz Ângelo Poletto e Antonio Borba falaram da cultura na região e no Estado. De acordo com Poletto, na região de Erechim, a área total cultivada com nogueira pecã é de 125 hectares, com 63 produtores envolvidos e produção de 60 toneladas. Borba observou que, de acordo com levantamento da Emater/RS-Ascar, no Rio Grande do Sul a área cultivada é de 5.500 hectares de nogueira-pecã. Também defendeu o sistema de produção de forma integrada com pecuária. Borba classificou atividade como importante para a agricultura familiar, como mais uma alternativa de renda e de agregar valor, destacando a importância da capacitação, oportunizando o conhecimento aos técnicos e produtores.

As orientações do doutor em Agronomia e professor do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Diniz Fronza, e do doutor em Fitotecnia Rudinei De Marco e Márcio Frantz focaram nas diversas fases da cultura da noz-pecã, desde o manejo correto do solo, adubação, irrigação, poda, controle de doenças e pragas, opções de cultivo orgânico (certificação), alternativas de organização dos produtores, pomares com qualidade e produtividade e exigências do mercado nacional e internacional.

Neste sentido, Diniz Fronza apontou como desafios os preços adequados, produção de qualidade, produção sem alternância, entre outros. Nas principais linhas de trabalho, orientou sobre análise de solo, análise foliar, irrigação, conhecimentos das técnicas, parcerias, dentre outras. Entre os desafios para a noz-pecã, apontou a qualidade do fruto, informações técnicas e confiáveis sobre a cultura.

Rudinei De Marco deu ênfase à importância da correção e do equilíbrio nutricional do solo tanto para a implantação como para pomares já em produção, evidenciando práticas como correção do solo, adubação de produção e manutenção da cultura e as principais pragas que afetam os pomares. “O ideal é fazermos correção de solo todo o ano, e correção de solo é diferente de adubação”, chamou a atenção. Também falou sobre o manejo para as principais pragas e doenças, como a sarna e a antracnose, que estão entre as principais, atacando flores e frutos. “É um conjunto de práticas integradas que vai proporcionar um pomar com qualidade, rendimento e rentabilidade”, afirmou.

Já o palestrante Marcio Frantz, além de algumas ações de manejo dos pomares, falou sobre alternativas para produção e certificação da produção orgânica. “Este é um mercado em franca expansão, buscando qualidade nutritiva do fruto.”, disse, ao explicar o processo de certificação.

As recomendações e orientações foram reforçadas na parte da tarde em visita técnica e práticas na propriedade do produtor Julio Kotiarenko, localizada no KM 8 – Dourado, em Erechim. No local, os palestrantes sanaram dúvidas com a realização de práticas.

O curso de Nogueira-Pecã foi promovido pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), através do Escritório Regional de Erechim, Prefeitura de Erechim, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com apoio da Sicredi UniEstados e Cresol. No final, o extensionista rural engenheiro agrônomo, Adriano Szynkaruk agradeceu, em nome da equipe do Escritório Municipal de Erechim, aos produtores, técnicos, palestrantes, apoiadores do evento e o produtor por ceder a propriedade para a visita técnica.

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