Sete de cada dez alunos do 3º ano do ensino médio têm nível insuficiente em português e matemática. Entre os estudantes desta etapa de ensino, só cerca de 2% têm conhecimento avançado nestas disciplinas. É o que mostram os dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2017 divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quinta-feira (30).
O Saeb é a avaliação utilizada pelo governo federal, a cada dois anos, para medir a aprendizagem dos alunos ao fim de cada etapa de ensino: ao 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio. O sistema é composto pelas médias de proficiências em português e matemática extraídas da Prova Brasil, e pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que ainda não foi divulgado.
Pela primeira vez, o MEC classificou os níveis de proficiência que estão organizados em uma escala de 0 a 9 – quanto menor o número, pior o resultado. Níveis de 0 a 3 são considerados insuficientes; entre 4 e 6 os alunos têm nível de conhecimento básico; e a partir de 7 até 9, avançado.
Etapa mais problemática da educação básica, o ensino médio foi classificado no nível 2 de proficiência. Tanto em português como em matemática, 70% dos alunos têm nível insuficiente de aprendizado. Desses, 23% estão no nível 0, o mais baixo da escala de proficiência.
Entenda o Saeb e o Ideb
As médias de proficiência que compõem o Saeb são extraídas da Prova Brasil – que deixará que ter esta nomenclatura. As provas foram aplicadas de 23 de outubro a 3 de novembro do ano passado a mais de 5,4 milhões de estudantes do 5º e 9º ano do fundamental e 3º ano do ensino médio. Os resultados se referem a um universo de 59.388 escolas.
Nesta prova, os estudantes respondem a questões de língua portuguesa, com foco em leitura, e matemática, com ênfase na resolução de problemas. Para os alunos da rede pública a prova é obrigatória, mas no ano passado as escolares particulares também aderiram à avaliação, porém a participação da rede é facultativa.
A partir de 2019, os alunos do 9º ano do ensino fundamental também passarão a responder testes de ciências humanas e da natureza.
Essas médias de desempenho subsidiam a construção de um outro indicador o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que agrega também as taxas de aprovação dos estudantes. Neste ano, pela primeira vez o MEC fatiou a divulgação e ainda encaminhou os resultados do Ideb 2017.
O Ideb referente às escolas do ensino médio vai substituir as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola que não serão mais divulgadas pelo MEC.