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Clima favorece lavouras de soja e milho e deixa produtores otimistas

As lavouras de soja na região do Alto Uruguai apresentam bom desenvolvimento vegetativo e estão com mais de 33% da área colhida, 60% maduro por colher e 7% na fase final de enchimento de grãos, segundo informativo conjuntural do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Erechim. A ferrugem continua preocupando e exigindo dos produtores aplicação de fungicidas e acompanhamento constante das lavouras. O preço da saca do cereal tem variado. Tem produtores recebendo até R$ 65,00 por saca de soja colhida e entregue neste momento, de acordo com levantamento semanal da Emater/RS-Ascar.

As lavouras de milho também apresentam bom desenvolvimento vegetativo. A produtividade deve ficar acima da expectativa inicial. A cultura está com mais de 70% da área colhida. Nas áreas já colhidas, a produtividade é superior a 160 sacos por hectare, sendo inferior a esta média nas poucas áreas onde, durante o mês de novembro, faltou chuva por um período de até 26 dias, deixando os produtores otimistas com a safra.

O feijão, 2ª safra, é cultivado em 23 dos 32 municípios da região do Alto Uruguai, com 1.263 hectares semeados. A produtividade esperada é de 1.813 kg/ha. As lavouras estão com 85% da área na fase de germinação/desenvolvimento vegetativo e 15% em floração.
Criações

Apicultura – As condições climáticas, registradas na semana passada, foram consideradas boas para a atividade. Os enxames estão com população menor devido à baixa oferta de flores em consequencia de nectar e polen, de acordo com levantamento do escritório regional da Emater/RS-Ascar. A florada do vassourão está em fase final. Até o momento as colheitas manifestam uma safra com produtividade média abaixo de 8 kg/colmeia/ano. Por conta, principalmente, da redução drástica da produção na região da Associação de Apicultores de Getulio Vargas que colhe uma segunda safra em fevereiro. A baixa colheita ja determinou altas nos preços do mel na região. Na comercialização direta ao consumidor, o preço variou entre R$ 8,00 a R$ 12,00/kg.

Piscicultura – As temperaturas altas aliadas a chuvas de intensidade variada da última semana foram razoáveis para a atividade. No momento, os piscicultores estão adubando os açudes e arraçoando peixes adultos. Nos municípios, os piscicultores já estão executando as primeiras despescas da páscoa. Diversos açudes já foram despescados e nas próximas semanas as despescas deverão se intensificar. Os municípios já estão preparando as novas reservas de alevinos, visando o povoamento de açudes para o período pós-páscoa. A região deverá oferecer peixes vivos para a Semana Santa a valores que variam entre R$ 4,00 e 12,00/kg.

Bovinocultura de leite – As condições climáticas, da última semana, favoreceram o desenvolvimento das pastagens e o manejo do rebanho. No entanto, as pastagens anuais de verão estão em final de ciclo e com pequena oferta de pasto. A maioria dos produtores concluiu o processo de ensilagem. Além das pastagens, para alimentar os animais, os produtores estão utilizando silagem, feno, grãos, farelos e ração. Os preços por litro de leite a ser pago aos produtores variaram de R$ 0,50 a 0,80. Os produtores estão descontentes com os preços praticados, no entanto a tendência de melhora, devido à entressafra.
Suinocultura – De modo geral os produtores estão satisfeitos com o retorno econômico obtido com a atividade. Na região o milho está sendo comercializado de R$ 23,00 a 27,00 por saca, o kg do farelo de soja de R$ 1,30 a 1,70 e o kg do suíno vivo R$ 3,10.

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