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terça-feira, 30/abril
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Estiagem deve causar quebra de até 50% na safra de milho

Estimativa leva em consideração o déficit hídrico que vem assolando o Rio Grande do Sul nos últimos três meses

A estiagem provocada pelo fenômeno La Niña no Rio Grande do Sul já causa preocupações no campo. Os produtores de milho estão atentos e já começam a contabilizar prejuízos. A Rádio Uirapuru ouviu o engenheiro agrônomo Claudio Doro, que trouxe um alerta significativo.

Conforme Doro, o milho é uma cultura muito dependente da água da chuva. Nos últimos três meses, foram registradas chuva abaixo da média, caracterizando a estiagem, sendo que nos últimos dias, agravou a situação. Nessa época, o milho está na fase de enchimento de grãos, precisando de 7mm a 8mm de água por dia para expressar o potencial produtivo. Porém, o quadro é de chuva escassa, de baixa intensidade aliada a temperaturas de até 33o C com dias tendo até 13 horas de sol.

Diante do quadro, municípios com perda de até 55% incluem Pontão, Coxilha, Colorado, Liberato Salzano, Tapera e Não Me Toque. Já a situação em Gentil, Marau, Vila Maria é um pouco melhor, onde o milho sofre um pouco menos. Mas, no geral, o milho está com dificuldades e a quebra fica em 50% na média, Claudio Doro explicou que 15 dias antes da floração e 15 após a floração, o milho precisa de boa umidade para que possa produzir bem, o momento é da fase de floração. Em lavouras de milho, as folhas de baixo estão secas, só as folhas de cima estão verdes.

Com o quadro de quebra na lavoura de milho, os preços terão alterações. O Rio Grande do Sul tem consumo de 5 milhões de toneladas e a expectativa era de colher até 6 milhões de toneladas. Mas com o défict hídrico, a safra deve ficar em torno de 3 milhões de toneladas. A saída será importar do Paraná ou da Argentina, onde também deve haver quebra na safra. O preço de balcão gira em torno de R$ 84, o disponível R$ 96. Se persistir essa situação, haverá aquecimento de preço, a partir de fevereiro ou março devido à escassez.

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