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Escândalo das apostas: paralisação do Campeonato Brasileiro está descartada pela CBF

O órgão se colocou à disposição dos clubes para dar o "apoio necessário" às apurações dos casos.

Em meio ao escândalo de apostas revelado pela “Operação Penalidade Máxima 2”, do MP-GO (Ministério Público do Estado de Goiás), a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) descartam paralisar o Campeonato Brasileiro 2023 ou mexer na classificação do Brasileirão 2022.

A CBF mantém contato com Fifa, Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e outras entidades e federações internacionais para pedir auxílio e entender como pode se movimentar para prevenir novos casos de manipulação.

Já no STJD, foram formadas seis equipes de trabalho de procuradores, que estão debruçados exclusivamente em cima do tema, examinando as mais de 2 mil páginas do processo e as peças de acusação enviadas pelo MP-GO.

Tanto CBF quanto o tribunal tentam apressar suas ações, prometendo “punições exemplares” aos envolvidos nos escândalos. Ao mesmo tempo, porém, está descartada qualquer tipo de paralisação no Campeonato Brasileiro, ao menos por ora.

Segundo informações da ESPN, isso ocorre porque todas as investigações divulgadas até agora apontam para movimentações individuais de atletas específicos com a máfia de apostadores, não tendo nada orquestrado entre clubes. As punições aplicadas, portanto, serão individuais, e não coletivas.

Quanto ao Brasileirão 2022, que tem diversas partidas investigadas no escândalo, também não haverá mudanças na tabela de classificação. O campeão Palmeiras, portanto, não tem qualquer chance de ter sua conquista suspensa.

Vale lembrar que, na última terça-feira (09), a Justiça de Goiás acatou a denúncia feita pelo MP contra os 16 investigados na “Operação Penalidade Máxima 2”. Ao todo, sete atletas se tornaram réus na ação, ao lado de nove apostadores que comandam a organização criminosa. Os réus vão a julgamento após o processo de instrução feito pelo juiz.

Entre a última terça e quarta-feira, dia 09 e 10, diversos jogadores também foram afastados por seus clubes, como Eduardo Bauermann (Santos), Vítor Mendes (Fluminense), Richard (Cruzeiro), Fernando Neto (São Bernardo) e Pedrinho (Athletico-PR).

Veja a nota da CBF sobre o caso:

Com relação a suspeitas de envolvimento de atletas de clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022, em possíveis atos de manipulação de resultados de partidas, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, enviou ofício à Presidência da República e ao Ministério da Justiça, solicitando que a Polícia Federal entre no caso, com o objetivo de centralizar todas as informações a respeito dos casos em investigação. A CBF, por sua vez, estará à disposição para dar todo o apoio necessário.

A CBF ressalta, ainda, que não há qualquer possibilidade de a competição atual ser suspensa. E vem trabalhando em conjunto com a FIFA e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação. Vale lembrar que a entidade, que igualmente é vítima destes possíveis atos criminosos, não foi, até o momento, oficialmente informada pelas autoridades sobre os fatos.

Na reunião ocorrida no último dia 7/03, na sede da entidade, com a participação de Promotores e Procuradores de Justiça de diferentes estados do país e do Conselho Nacional do Ministério Público, a Confederação já havia se colocado à disposição para subsidiar situações desse tipo, sempre que acionada.

A CBF ressalta que, tão logo estejam comprovados os fatos, espera que as sanções cabíveis por parte do STJD sejam tomadas de forma exemplar. Mais uma vez, a entidade reforça que o campeonato não será suspenso, mas defende que a punição de atletas e demais participantes do esquema de fraudes aconteça de forma veemente.

Venho trabalhando em conjunto com a FIFA, demais entidades internacionais, além de clubes e Federações brasileiros, com o intuito de combater todo e qualquer tipo de crime, fraude ou ilícito dentro do futebol. Defendo a suspensão preventiva baseada em suspeitas concretas e até o banimento do esporte em casos comprovados. Quem comete crimes não deve fazer parte do futebol brasileiro e mundial’, assinalou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.”

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