Depois de dois anos atípicos em razão da pandemia da covid-19, os portões da 45ª Expointer foram abertos sem restrições na manhã deste sábado (27/8), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O ato contou com a participação do governador Ranolfo Vieira Júnior, de secretários de Estado e do prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal. Na ocasião, o governador assinou um decreto de transferência da sede do Executivo estadual para o parque durante os nove dias de realização da feira.
O céu limpo e ensolarado e a temperatura agradável, quente para uma manhã de agosto, compuseram o cenário da abertura simbólica dos portões, que marca o início das atividades da Expointer. O dia bonito e a sensação de retomada também atraíram o público, movimentando o parque no primeiro dia do evento. O número de veículos atestou o retorno massivo dos visitantes: por volta de 12h, o estacionamento já estava lotado. O evento não ocorria em sua totalidade desde 2019. Em 2020, a Expointer foi realizada apenas de forma virtual, com a transmissão online de algumas atividades. Em 2021, o público teve acesso ao parque, mas com limitações de lotação e restrições sanitárias.
O governador disse que a 45ª edição traz o sentimento de retomada. “A Expointer sempre foi o momento em que o Rio Grande do Sul mostra ao Brasil e ao mundo a força da sua maior vocação, que é o agronegócio. Nos últimos anos, assim como no mundo todo, fomos golpeados pela pandemia e, embora a feira tenha sido realizada com restrições, a verdadeira retomada, inclusive com um sentido de resiliência, está ocorrendo nesta edição. Nossas expectativas são as melhores possíveis”, afirmou.
Uma das maiores e mais tradicionais feiras agropecuárias da América Latina, a Expointer vai até 4 de setembro. Nesta edição, foram inscritos 6.378 animais, sendo 5.093 de argola, o que corresponde a 80% do total, e 1.285 rústicos, equivalente a 20%. O Pavilhão da Agricultura Familiar, um dos espaços mais queridos e visitados da feira, tem 337 expositores, com grande variedade de produtos de agroindústrias familiares, além dos setores de plantas e artesanato.
A expectativa da organização é receber mais de 600 mil visitantes, que poderão aproveitar os 70 mil metros quadrados de área de exposições do agronegócio, eventos técnicos, oficinas, julgamento de animais e leilões, além de uma programação artística e cultural, que não era realizada de forma presencial desde 2019.
Também haverá discussão de temas relevantes para a agropecuária gaúcha e nacional: inovação, tecnologia, produção sustentável, reservação de água, agricultura de baixa emissão de carbono e desenvolvimento econômico aliado à preservação do ambiente. A projeção de faturamento para esta edição é de R$ 4 bilhões.
O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Velho Lopes, apontou a união da produção com a sustentabilidade como uma das marcas desta edição. “Há um grande sinergismo entre todas as entidades copromotaras da feira e o governo do Estado e uma grande vontade de mostrar o que temos de mais valoroso na Expointer, que é a união entre o campo, a cidade e a diversidade produtiva”, destacou. “O Rio Grande do Sul foi apontado durante a COP26 [Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima] como uma referência em agronegócio sustentável. Cabe a nós mostrar e evidenciar de forma técnica e científica o que o setor produtivo vem fazendo.”
Lopes lembrou ainda a questão da inovação na atividade produtiva. “Teremos aqui a presença massiva do que há de excelência em genética mundial, inovação e tecnologia em máquinas e implementos”, disse.
Uma novidade deste ano é o RS Innovation Agro, voltado à inovação no agronegócio. O espaço é um hub para compartilhar, debater e divulgar soluções tecnológicas e de inovação no setor do agronegócio e contará com a exposição de mais de 60 startups, dez empresas e 100 palestrantes.
