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Rede de voluntários impulsiona operação de doações às vítimas das enchentes

Uma extensa rede de voluntários está engajada – e tem sido fundamental – na organização das doações armazenadas no Centro Logístico da Defesa Civil do Estado, localizado na antiga sede da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), na zona leste de Porto Alegre.

Desde a semana passada, mais de 4 mil pessoas se cadastraram para colaborar na operação de envio dos mantimentos aos municípios mais afetados pelas enchentes. Somente na quarta-feira (8/5), mais de 800 voluntários – alguns de outros estados – contribuíram para a força-tarefa coordenada pela Defesa Civil, com apoio das forças de segurança do Estado e do Exército.

Com funções pré-definidas e perfeitamente sincronizadas, os voluntários realizam uma sequência disciplinada de tarefas. Assim que os alimentos chegam ao amplo pavilhão da Defesa Civil, os ajudantes formam rapidamente um corredor humano para transportar os mantimentos até um local de triagem. Nesse espaço, onde é verificada a validade do produto, o item é incorporado a uma cesta básica, que logo depois é lacrada e separada para envio.

Em constante movimento, caminhões estacionam para coletar os mantimentos e entregá-los às vítimas das enchentes, seguindo a demanda informada pelas defesas civis municipais. Em média, mais de 200 entregas são feitas por dia, em uma operação que envolve cerca de 70 caminhões fornecidos por instituições públicas, como os Correios, e empresas privadas. Com esse sistema, o Estado evita o desperdício de doações e as direciona para as cidades que realmente necessitam.

“As doações armazenadas neste espaço são destinadas de forma eficiente, em um fluxo contínuo, para atender às demandas dos municípios, que solicitam os donativos por meio dos órgãos das prefeituras. O processo de recebimento, armazenamento e distribuição das doações é realizado de maneira responsável e transparente. Não podemos permitir desperdícios e precisamos garantir que os alimentos cheguem às pessoas que realmente necessitam”, explicou a coordenadora de Comunicação da Defesa Civil estadual, tenente Sabrina Ribas.

Um dos momentos de descontração dos voluntários é o chamado “mutirão das redes”. A cada hora, após a identificação dos itens necessários para completar as cestas básicas, os voluntários pegam seus celulares e, sob a coordenação de um dos líderes, publicam simultaneamente em seus perfis pessoais nas redes sociais a lista dos alimentos que precisam ser complementados.

“Foi uma maneira que encontramos para disseminar a informação de forma rápida e precisa, e tem dado bons resultados. Dessa forma, também conseguimos envolver mais pessoas no mutirão”, relatou uma das líderes dos voluntários, Larissa Castilho.

Para a professora da Rede Estadual Regina dal Lago, que participou pela primeira vez de uma ação voluntária, ajudar é algo ao alcance de todos que não foram afetados pela tragédia climática. Depois de colaborar em cozinhas comunitárias espalhadas pela cidade, ela conta que mobilizou suas duas filhas e marido para o voluntariado e pretende continuar ajudando até o retorno das aulas.

“Contribuir um pouco é o que nos dá esperança de que dias melhores virão”, resumiu Regina, que leciona no Instituto de Educação Flores da Cunha, recentemente reinaugurado pelo governo do Estado.

SourceAssecom
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