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Tecnoeste: Seminário discute a importância da biosseguridade ao mercado de suínos

Medidas sanitárias são indispensáveis para manter e conquistar novas oportunidades de comercialização

Não é novidade para os produtores de proteína animal que a manutenção e abertura de novos mercados depende muito do cumprimento das exigências sanitárias. Para quem ainda tinha dúvidas sobre a importância que a biosseguridade ocupa neste mercado mundialmente tão competitivo, o Seminário de Suínos realizado na manhã desta quinta-feira, 22 de fevereiro, deixou claro que sem biosseguridade é impossível conquistar novos mercados.

O Brasil é referência mundial na produção de suínos, mas não é o único que está de olho nessa atividade. Países da Europa, principalmente a Espanha, e os chineses têm investido muito dinheiro para aumentar e aperfeiçoar os modelos de produção. “A China está construindo granjas enormes e bastante tecnológicas. A intenção deles é produzir cerca de 90% da carne suína que consomem”, diz o diretor-superintendente da Agroceres PIC, Alexandre Furtado da Rosa, que fez palestra sobre o panorama global deste mercado.

Mesmo sendo o maior mercado produtor e consumidor de suínos, os chineses enfrentam dois grandes desafios. Um deles é a cultura de implantar e, principalmente, seguir as normas de biosseguridade. O outro é a limitação para expandir a produção de soja, cereal indispensável para o crescimento da suinocultura naquele país.

O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Marcos Antônio Zanella Morés, falou sobre este tema no seminário e foi bem enfático ao dizer que “não existe biosseguridade sem comprometimento e disciplina”. Medidas como trocar a roupa e o calçado e lavar as mãos todas as vezes que se entra em uma granja, podem fazer toda a diferença. “Basta falhar um dia para uma doença se instalar e causar um surto com grandes prejuízos”, destaca o pesquisador. É só lembrar o que ocorreu na China em 2018 com o surto de Peste Suína Africana.

Tanto a Embrapa quanto a Copérdia possuem cartilhas e profissionais capacitados para repassar as orientações necessárias para cada granja e para cada finalidade da produção de suínos. Os protocolos são bem específicos, mas algumas medidas funcionam em todos os casos. Entre elas estão:
– Isolar toda a granja com cercas
– Ser rigoroso com a entrada de pessoas, tanto trabalhadores quanto visitantes
– Reduzir a mistura de suínos para reposição ou terminação
– Desinfetar os objetos que entram na granja
– Combater moscas e ratos

Morés ressalta que esses cuidados, e muitos outros, precisam ser seguidos todos os dias. Ele recomenda treinamentos periódicos com as equipes que trabalham nas granjas. “As pessoas precisam entender o porquê de cada medida”, enfatiza.

Para quem está de olho no mercado internacional, é importante saber que a biosseguridade é tão importante quanto a negociação de preço ou a garantia de entrega das carcaças. Ainda há oportunidades para o Brasil ampliar as exportações para o mercado asiático e para a própria Europa, mas sem uma produção de excelência não há nem conversa.

SourceAssecom
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